28 set 2020 - 23h41

Viva a revolução!

Eu sou corneta. Confesso! Se o time vai mal, sou o primeiro a reclamar. Se o time vai bem, tem que melhorar. Se ganhou de 1 a 0, devia golear. É, sou corneta. Não daqueles que torcem contra o Athletico, nem daqueles que ficam atrás do banco enchendo o saco do treinador, mas sim daqueles que acreditam que o maior do Estado sempre pode mais. E pode.

Reconhecida a circunstância, remeto à leitura da opinião que publiquei semana passada, falando sobre o absurdo (e sim, é absurdo) preço dos novos mantos do Furacão. Temos as “revolucionárias” camisas que pesam muito mais no bolso da castigada torcida rubro-negra do que dentro de campo.

Porém, hoje escrevo para reconhecer uma verdadeira revolução: a ocorrida no atendimento e na solução de problemas no pós-venda.

Explico.

Apesar de corneta, eu sou um consumidor. Do tipo que o tio Mário gosta. Mantenho as minhas cadeiras em dia, mesmo sem poder pisar no estádio. Compro produtos licenciados e, apesar de achar cada vez mais horríveis os uniformes lançados pela Umbro (exceção feita à magnífica black edition recém-lançada), não consigo me segurar e acabo comprando todos eles. Assim sendo, adquiri uma camisa black edition, tamanho M, personalizada. Tudo feito pelo site da “revolução”, minutos após o lançamento da campanha. Optei por retirar na Loja Oficial pois, ansioso que sou, não queria esperar tanto para receber em casa – sobretudo com a greve dos Correios.

Apesar de alguma desorganização, fiquei satisfeito com a praticidade. Antes do prazo previsto, recebi um SMS não identificado dizendo que meu pedido estava disponível para retirada “no armário 694”. Sem menção de remetente, de pedido, de produto. Só consegui entender do que se tratava quando recebi também um e-mail dizendo a mesma coisa e indicando se tratar da camisa do Athletico. Fui até a Arena e, lá estando, consegui facilmente pegar o pacote com a camisa sem ter contato direto com qualquer pessoa. Ponto positivo para o Clube em tempos de pandemia, certo?

Mas o produto estava errado!

Quando abri o pacote, já em casa, constatei que o tamanho da camisa enviada (e personalizada) era G, enorme para mim. Tentei acessar os detalhes do pedido no site em que comprei e simplesmente não havia o histórico, nem o número do pedido, nem nada. Imediatamente comecei a reclamar e, corneta que sou, pensar que enfrentaria uma verdadeira via crúcis para resolver o problema.

Mas não foi o que ocorreu.

Rapidamente entrei em contato por WhatsApp com o telefone indicado no site para casos de troca. A atendente, muito solícita, pediu alguns dados meus para confirmar os detalhes do pedido e em pouco tempo retornou com o parecer: “Realmente, Leandro. Houve um erro de sistema e a camisa correta, com as especificações constantes no pedido, está à sua disposição para retirada na Loja Oficial.”

Na hora! No dia! No ato! Não seria exagero dizer que… isso nunca me aconteceu antes!

Incrédulo, deixei o trabalho de lado e voltei para a Arena, certo de que chegaria lá e precisaria brigar para fazer valer as palavras ditas pela moça no WhatsApp. No entanto, saí de lá em poucos minutos vestindo a black edition depois de elogiar a agilidade na solução do problema e receber meia dúzia de pedidos de desculpas.

Depois de tanto reclamar da forma como o “consumidor” atleticano sempre foi tratado pelo Clube, desta vez eu preciso fazer mea culpa e reconhecer que, como consumidor, nunca fui tão bem tratado por qualquer empresa ou instituição. Muito menos pelo próprio Athletico.

Então, se o “revolucionário” uniforme ainda deixa a nação dividida, uma coisa é certa: não há como negar a melhora significativa no atendimento e na solução de problemas pelo staff.

Enfim… VIVA A REVOLUÇÃO! Pelo menos no que diz respeito ao atendimento.

Saudações rubro-negras!

P.S.: Eu não ia mencionar que no dia seguinte comprei a camisa 1 quase R$ 100 mais barata com um cupom de desconto na Centauro – e retirei no mesmo dia -, mas meu lado corneteiro falou mais alto e não pude deixar de registrar. BAIXA O PREÇO DESSE MANTO, FURACÃO!



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