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9 out 2020 - 16h55

A ilusão Eduardo Barros

Depois de tempos maravilhosos, Tiago Nunes foi embora do comando do Athletico. A saída foi turbulenta, ao contrário do período em que ele esteve no comando do clube. Com o ano de 2019 resolvido, a diretoria olhou para o lado e viu que no clube havia um rapaz com os cursos necessários para assumir o clube nas rodadas que faltavam. Foi assim que o comando rubro-negro caiu no colo do então analista de dados Eduardo Barros.

Logo que assume o CAP, nota-se que a equipe fica mais engessada em campo. Perde movimentação e criatividade. Porém, segue dando bons resultados e assim vai até o fim do ano. Nasce na mente de alguns torcedores inocentes que ali surgia um novo Tiago Nunes. A comparação me parecia deveras equivocada, tendo em vista que o primeiro mostrou um futebol interessantíssimo desde o sub-23 no estadual, enquanto o segundo apenas tinha resultados ao seu lado. Nada mais justo do que dar a oportunidade de Eduardo Barros treinar o novo elenco sub-23 no estadual.

Agora sem uma equipe pronta, Eduardo mostra sérias dificuldades para montar um time que convença. Aos trancos e barrancos, com um desempenho irregular, consegue uma pontuação razoável para se classificar em terceiro no estadual. Mas com uma mancha enorme: mesmo tendo todo elenco principal disponível, escala apenas o sub-23 para o Athletiba. E sofre a pior derrota do Furacão em clássicos desde a Páscoa de 1995.

Ali estava claro que Eduardo Barros era incapaz de fazer o Furacão jogar com criatividade, velocidade e intensidade. Se perdeu por completo contra uma equipe que tem sérias dificuldades de chutar a gol. Ainda assim, depois de uma série terrível de resultados de Dorival Júnior, mais uma vez o cargo de treinador cai no colo do aprendiz e fã de Fernando Diniz.

Eduardo aprendeu com os erros. Assumiu ser incapaz de fazer um Athletico vibrante, rápido e criativo. Foi então que trouxe ao clube um estilo que mistura Fernando Diniz com Argel Fucks. De Diniz, herdou a posse de bola que não leva a lugar algum. De Argel (ou Celso Roth, ou tantos outros no nosso país), herdou a covardia para se expor. Entupiu o meio campo de volantes, fechou uma retranca desgraçada e deixou apenas dois jogadores ofensivos com a responsabilidade de resolver. Na frente, a ideia é dá-lhe chuveirinho e se pintar algum gol, pintou.

Dessa forma, contou com a sorte e passou a acumular bons resultados em jogos sofríveis. Venceu o Coritiba por 1×0 em um confronto deveras modorrento. Venceu o Jorge Wilstermann – que não jogava há seis meses – na bacia das almas. No primeiro tempo contra o Colo Colo, esboça pela primeira vez um futebol minimamente interessante e conta com dois gols contra para vencer. No segundo tempo, volta ao modus operandi Diniz Fucks. Contra o Bahia, em mais um jogo pobre criativamente, acha um gol de cabeça e conta com Aderbar Santos para salvar uma cobrança de pênalti. No jogo de volta contra o Jorge, temos o clássico Ataque versus Defesa. O jogo deixa escancarado o deserto de ideias de Eduardo Barros. Com uma chuva de cruzamentos, ficamos no zero a zero. O que está ótimo para os resultadistas. Afinal, classificamos. E o que dizer desse Athletico x Ceará? Tomamos bola na trave, tiramos bola de cima da linha e Jandrei foi nosso principal jogador. Fernando Prass não trabalhou. Ainda assim, Eduardo disse que ficamos perto de vencer. Tristeza total.

Pois bem. Parece coisa de maluco bater num treinador que nos tirou (momentaneamente e empatado em pontos) da zona do rebaixamento e classificou na Libertadores. Mas aí eu lembro de 2014. Copa do Mundo. Depois de 12 anos, a Seleção Brasileira voltou a uma semifinal de Copa. Aos trancos e barrancos, sem convencer ninguém. E, assim, iludindo resultadistas, foi desmascarada no maior vexame futebolístico da história. Espero que a gente não precise tomar 7×1 do Flamengo para perceber quão triste é o futebolzinho comandado pelo Dudu.



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