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3 nov 2020 - 14h32

No campo, 1 a 0 para o Flamengo. E fora?

No campo, 1 a 0 para o Flamengo. E fora?

Comparando as quatro receitas “fixas”, sendo elas: associados, bilheteria, patrocínio e televisão de 2019, do Athletico com as seis maiores de 2019, que foram: Flamengo, Palmeiras, Internacional, Grêmio, Corinthians e Santos, apenas “vencemos” em duas (de 24 análises) na bilheteria do Internacional e associados do Santos. O Grêmio não considera valor de bilheteria, devido sua política de sócio torcedor.

No confronto da Copa do Brasil, perdemos de 1 a 0 no campo e fora dele, somos goleados pela injusta distribuição da televisão. O Flamengo ganhou 134 milhões a mais que o Athletico.

É uma piada de mau gosto a divisão de cota da televisão no Brasil, porém o ano de 2019 foi histórico por alguns fatores:
– quebra do monopólio da Globo;
– modelo inglês de distribuição da tv aberta e fechada (Globo = 40% iguais, 30% transmissão e 30% performance/ Turner = 50% iguais, 25% transmissão e 25% perfomance);
– modelo igualitário, transmissão e performance não foi adotado no Pay-Per-View, o que levou toda desigualdade histórica da tv aberta para o PPV;
– ausência do Athletico no PPV;
– como consequência da ausência no PPV, o Athletico foi o que mais lucrou e apareceu na tv aberta.

Para ficar claro, o PPV ofereceu seis milhões de reais para o Athletico, mesmo valor para Avaí, Chapecoense, Goiás, Ceará, Fortaleza e CSA. Ou seja, esse grupo, o último entre 14, recebe 20 vezes menos que o Flamengo. Enquanto isso, mais de 50% do bolo é destinado a três clubes (Flamengo, Corinthians e Palmeiras).

Claro que é ruim e ninguém gosta de não ver todos os jogos na televisão, porém, uma instituição que é campeã nacional, internacional e intercontinental, não pode, como forma de auto respeito, aceitar migalhas, literalmente.

Nas partidas pelo Campeonato Brasileiro no PPV, Athletico x Flamengo, para nós 157 mil, para o Flamengo, 3,1 milhões. Contra o Corinthians, 157 mil x 2,8 milhões; contra o Palmeiras, 157 mil x 2,4 milhões. Não tem o menor sentido essa diferença, nem por tamanho de torcida, nem por audiência, nem por nada. Essa “cota” oferecida pelo PPV não paga nem a abertura da Arena.

Os números não mentem e o futebol precisa ser mais livre. E será! Basta, todos entenderem, que dessa forma o Flamengo, Corinthians, Palmeiras e demais não ganharão menos, mas os outros merecem ganhar mais. Bem como ter mais opções de canais e transmissões, não ficando refém de ninguém e a favor dos clubes.

Quem nunca foi ao estádio e não sabe a cor da camisa do time, vira torcedor na pesquisa do IBOPE que a televisão se baseia para distribuir verba e transformar clubes, deixando-os acima do bem e do mal.

SRN,
Fernando Henrique Kuchenbecker
Sócio do Club Athletico Paranaense



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