Pior ataque e defesa medíocre: o desequilíbrio atleticano
O Athletico vai para a 26ª rodada do Campeonato Brasileiro não apenas a três pontos da zona de rebaixamento, mas também com a marca de ter o pior ataque da competição, com apenas 18 gols marcados em 24 partidas. O dado, por si só, já é alarmante, considerando que o lanterna do campeonato, o Goiás, já balançou as redes 22 vezes.
Se o ataque pouco funciona, a defesa também não passa qualquer esperança de que o time tenha um campeonato tranquilo nesse segundo turno. O último gol sofrido, quando o rubro-negro perdeu em casa por 1×0 para o Atlético-MG, diga-se, é um exemplo da fragilidade do sistema defensivo, desde o momento da perda da posse de bola ainda no campo de ataque:
Olhem o posicionamento do Keno no lance do gol do Atlético! Ele fica posicionado para puxar um eventual contra-ataque. A defesa do Athletico não se posicionou para evitar a transição ofensiva. Quando a bola chega no Keno, ele tem campo livre para correr #taticadidatica #vamugalo pic.twitter.com/H4egNDbdZL
— Tática Didática (@taticadidatica) December 12, 2020
Embora ocupe uma medíocre 7ª posição entre as melhores defesas, é o terceiro time com mais pênaltis cometidos ao longo do certame, empatado com o Ceará, que também cometeu 6 penalidades máximas até aqui. Assim, a defesa poderia ser ainda pior se não fosse o goleiro Santos, que recentemente completou 200 jogos com a camisa atleticana. Afinal, o Furacão empata com o São Paulo com o maior número de pênaltis defendidos: 3, sendo a última delas na rodada passada.
Paulo Autuori terá a difícil missão de equilibrar o futebol atleticano, melhorando minimamente o péssimo ataque e fazendo com que a defesa passe mais segurança do que tem passado, para que não dependa tanto das boas atuações de Santos (ou mesmo de seus reservas). Somente assim poderá o Athletico superar a atual temporada sem maiores prejuízos, além daqueles já consumados.