23 dez 2020 - 21h23

As traves da Baixada

Foram apoio para o exausto Tapyr, que teve que atravessar um rio a nado para ajudar o Athletico a levantar sua primeira taça.

Assistiram de perto as peripécias de Caju, a Majestade do Arco, que de tanto protege-las acabou por ser convocado para vestir a camisa da seleção brasileira, quando esta ainda tinha como principal função jogar futebol em vez de arrecadar dinheiro em “turnês” mundiais.

Cansaram de ver as bolas passarem, chutadas pelo implacável esquadrão de 49.

Seguraram o barbante de maneira valente em cada um dos muitos gols de Barcímio Sicupira.

Aumentaram de tamanho diante de Ziquita, quando tudo parecia perdido.

Viram que existia uma dupla ainda mais dura do que elas próprias: Oséas e Paulo Rink, que se tornaram para sempre a representação perfeita do que é o Athletico.

Com alegria abrigaram as bolas vindas dos pés do imparável Alex Mineiro no ano da mágica.

Com uma alegria melancólica abrigaram as bolas vindas dos pés de Washington no ano do quase.

Lamentam não terem vivido o que seria o grande dia de 2005.

Nunca viram tanta gente feliz com uma bola passando por cima delas quanto no dia 12 de dezembro de 2018.



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