25 maio 2021 - 23h35

¡Muchas gracias, Lucho!

Era setembro de 2016 quando o Athletico anunciou a contratação de um dos principais nomes do futebol sul-americano na atualidade: Luís Óscar González ou, simplesmente, Lucho González, campeão olímpico pela seleção da Argentina em 2004 e multicampeão em todos os demais clubes que passou.

Chegou com uma extensa galeria de conquistas e fãs espalhados pelo mundo inteiro: campeão da Libertadores da América em 2015 e do Torneio de Clausura do futebol argentino em 2003 e 2004 pelo River Plate; da segunda divisão do Quatar pelo Al-Rayyan; hexacampeão da Primeira Liga e bicampeão da Taça de Portugal pelo Porto; bicampeão da Supercopa da França e tricampeão da Copa da Liga pelo Olympique de Marseille; e campeão da segunda divisão argentina pelo Huracán, onde iniciou sua vitoriosa carreira.

Com um currículo invejável, chegou ao Brasil para emprestar seu talento, garra e competitividade ao Furacão, onde completou com liderança e maestria sua trajetória vencedora. “El Comandante” dos títulos mais importantes do Rubro-Negro nos últimos tempos, levantou quatro taças pelo clube: a Sul-Americana de 2018, a J. League/Conmebol e a Copa do Brasil em 2019 e o Campeonato Paranaense de 2020 – campeão intercontinental, continental, nacional e regional com a camisa rubro-negra.

Lucho
El Comandante: currículo vitorioso e liderança no elenco [foto: twitter @libertadoresbr]
Conquistas que se somam e fazem de Lucho um dos maiores vencedores de todos os tempos: são 29 títulos em 22 anos de uma carreira brilhante, vitoriosa e multicampeã, atrás apenas de ninguém menos que Lionel Messi no número total de títulos entre os jogadores do futebol argentino – o 29º e último troféu foi o Estadual do ano passado, sobre o Coritiba, no Couto Pereira, quando ultrapassou a marca de Carlitos Tévez.

Mais que seu talento e garra, Lucho foi indiscutivelmente um líder no Athletico. Comandou meninos e os tornou grandes e vitoriosos jogadores, dando um tom de competitividade jamais visto no clube. Toda essa liderança é traduzida em seu momento mais expressivo: “Una final no se juega, una final se gana”, disse na roda final com os jogadores no vestiário, instantes antes de entrar em campo no dia 13 de dezembro de 2018, quando levantou o primeiro título internacional da história do Furacão, sendo peça fundamental no esquema do técnico Tiago Nunes.

Feliz rotina: Lucho erguendo mais uma taça de campeão! Foto: athletico.com.br

Agora, chegou a hora de se despedir. Não como a gente gostaria, mas nesta quinta-feira (27 de maio), contra o Aucas, do Equador, pela mesma Copa Sul-Americana que nos conduziu ao topo, provavelmente Lucho González vista pela última vez a camisa número 3 do Furacão. Seu contrato termina no final do mês e o próprio jogador admitiu que não será renovado – pretende continuar no clube, agora na comissão técnica.

Uma despedida vazia, sem a presença do torcedor que se acostumou a aplaudir e respeitar Lucho. Mas, em toda Arena da Baixada, ainda perdurará por muitos e muitos anos o eco do nosso canto de gratidão e agradecimento ao multicampeão e ídolo: “Oooooo Lucho González!”

Que privilégio ter visto Lucho jogar! E que orgulho vê-lo vestindo a camisa Rubro-Negra! Um manto, que normalmente é usado pelos zagueiros e tantos outros brucutus, manteve o espírito da raça, somado ao talento de um dos maiores jogadores do futebol sul-americano. Que nos perdoem Tarik, Caçula, Fião, Pádua, Jadir, Luis Eduardo, Reginaldo, Chico, Gustavo e tantos outros que já vestiram e poderão vestir essa camisa, mas, o titular da camisa número 3, é, e sempre será, um só: Lucho González!



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