Era uma vez…..
…. um time que vencia mas não convencia.
Um time que tinha alguns padrões bem definidos e que quase sempre se repetiam jogo após jogo:
- centroavantes que perdem gols imperdíveis;
- jogadores xingados por parte da torcida que são decisivos;
- ter um goleiro Santo ou Bento que, abençoado que só vendo, fazia defesas e contava com a sorte;
- contar com um estrangeiro matador, fulminante, iluminado!
Assim esse time ia vencendo, galgando degraus e mesmo contra tudo e todos, fazendo bonito em tudo que disputava. Esse time atende por Athletico e no seu castelo, na Arena da Baixada, acabou ferindo o forte Dragão e venceu mais uma batalha.
Mas ainda não a guerra!
O JOGO
No jogo de ida pelas oitavas-de-final jogaram os rubro-negros paranaense e goiano na fria tarde curitibana. O frio parece ter “contagiado” o Furacão, que começou arrematando com Marcinho aos 2 minutos de jogo e depois se acomodou com posse de bola sem agredir. Os goianos estudavam o Athletico e foram pouco a pouco equilibrando as ações e conseguiam manter a posse de bola no ataque, enquanto o Furacão perdia essa bola com certa facilidade.
O trio ofensivo formado por Vitinho, Terans e Nikão errava muito e o atacante Renato Kayzer, como que enfeitiçado e preso numa eterna má fase, sequer recebia a bola. O time bem armado pelo treinador Barroca começou a se soltar e arrematou com algum perigo contra o gol do goleiro Bento e mantinha uma marcação alta que dificultava o toque de bola do time paranaense.
Nos minutos finais ambas as equipes tiveram boas chances: Renato Kayzer cabeceou forte mas em cima do bom goleiro Fernando Miguel enquanto Arthur Gomes recebeu passe açucarado e chutou perto da meta atleticana.
GOLS MOVIMENTAM SEGUNDO TEMPO
Se o primeiro tempo foi mais de prosa, o segundo começou em verso. Com o volante Christian no lugar do apagado Cittadini, o Furacão marcou antes de 1 minuto da segunda etapa. Após bela enfiada de bola de Nikão que viu a ultrapassagem de Marcinho, este cruzou na medida para o uruguaio Terans cabecear no canto e abrir o marcador.
O gol mudou o panorama da partida, ficando o Furacão mais confiante e “leve” com a bola e obrigando o Dragão a se abrir e dar espaços que deram boas chances para o Athletico. Novamente ele, sempre ele Renato Kayzer, desperdiçou duas boas chances cara a cara com o goleiro adversário que aos poucos equilibrou o jogo e fez duas substituições ofensivas em busca do empate.
O treinador português do Athletico não alterou o time nem a forma de atuar e a partir dos 12 minutos, o time goianiense tomou conta da partida, tendo perdido um gol incrível com Zé Roberto sozinho diante do goleiro Bento e depois com um balaço na trave no chute de André Luiz. O gol estava desenhado e assim aos 25′ o atacante Ze Roberto se redimiu da chance perdida e empatou o jogo.
Como tem se repetido muitas vezes, o Athletico de Antonio Oliveira parece esperar o gol adversário para acordar e assim o Furacão se lançou ao ataque, com arremates de Christian e Nikão. Aos 36″ David Terans obrigou o goleiro Fernando praticar grande defesa mas aos 39′ ele guardou: Marcinho tentou o chute de fora da área mas no meio do caminho o uruguaio posicionou o corpo e com um leve toque de esquerda desviou para o gol.
Os treinadores fizeram num prazo de 3 minutos cinco substituições (duas dos goianos e três dos paranaenses) com Barroca tentando a sorte no ataque enquanto Antonio Oliveira buscava fechar o Furacão e garantir a vitoria, confirmada com o apito final aos 51′.
E AGORA
As equipes voltam a se encontrar na próxima quarta em Goiania pela partida de volta da Copa do Brasil. O Athletico joga pela vitória e qualquer empate. Vitória por um gol do time goiano leva a partida pros penaltis e com mais que isso, os classifica.
Antes deste jogo o Dragão recebe o América enquanto o Furacão visita o Galo pelo Brasileirão.