Em “Modo Rivotril”, mesmo com um a mais, Athletico não sai do zero com o Sport
Sim. É a SEXTA partida sem vitória no Brasileirão.
A SEXTA partida com um desempenho técnico medíocre de um time que irrita o torcedor a cada jogo.
Se por um lado interrompeu-se a série de cinco derrotas, por outro lado o resultado foi péssimo, contra o Sport do Recife, que amarga a 18a. posição na tabela de classificação, e está há várias rodadas na ZR.
O jogo começou até certo ponto agitado. Os 15 primeiros minutos não foram a tônica do restante do primeiro tempo. Parecia, logo de cara, que o Athletico em casa tomaria as ações e iria impor seu jogo contra o Sport.
Parecia!
Aos 3´ o General Thiago Heleno cabeceia, e a bola, com desvio, exige uma grande defesa de Maílson.
O Leão responde. Bento aos 6 minutos também é exigido numa sobra de fora da área e faz uma defesa monumental, garantindo o zero no placar.
Logo após, em falha posicional da zaga, Hernanes entra sozinho nas costas de Pedro Henrique, e chuta à esquerda do gol, com Bento já batido. O veterano meia, inclusive, fez o que quis no primeiro tempo, jogando nas entrelinhas, nas costas de Erick e Richard, muito mal na partida.
Num lance de bola espirrada, Pedro Rocha tenta buscar o ângulo esquerdo da meta, e chuta para fora aos 13´.
Após os 15´, num chute de Abner desviado, e até o fim do primeiro tempo, o jogo entra se torna um marasmo de criatividade e de idéias proporcionado pelo meio campo do Furacão, muito mal na partida, e pelo ataque inoperante do Sport Clube do Recife, que contava com as “figuras” de André Balada e Trellez.
Um chute fraco e rasteiro de Christian aos 46´, encerra a primeira etapa.
As equipes não mexem no intervalo.
O Sport já ataca aos 3´ minutos de jogo, quando Zé Wellison emenda um chute muito forte da intermediária, que passa raspando o travessão do goleiro Bento.
Aos 9´, o sumido Pedro Rocha limpa um defensor e, sozinho, chuta para fora, no que até então fora a chance mais clara de gol da partida. Adendo sobre Pedro Rocha: pareceu-me longe da forma física ideal, com pouca mobilidade em campo e contribuindo somente na extrema esquerda. Ficou claro que possui qualidades, mas ainda precisa de mais tempo para aprimorar a parte física.
Num lampejo do ótimo Abner Vinícius, nosso ala vai ao fundo e, num daqueles habituais arcos, lança sobre a cabeça de Erick, que finaliza pra fora aos 15´.
Ainda aos 15´, António Oliveira mexe pela primeira vez. Saca Richard, fazendo uma péssima partida e coloca o menino Jáder para dar mais mobilidade ao inoperante meio campo do Athletico.
Com a expulsão de Hernanes por reclamação aos 22´, o CAP tem meio tempo para fazer valer a superioridade numérica e amassar o Leão da Ilha do Retiro. Aos 25´, entra Renato Kayzer no lugar do cansado Pedro Rocha, e o Sport coloca Chico no lugar de Santiago Tréllez para fechar a meia cancha.
O Sport se fecha num 3-5-1 e o Athletico erra todas as jogadas ofensivas. Marcinho numa tarde irreconhecível não consegue acertar um cruzamento sequer pela direita. É substituído por Khellven.
Aos 31´, num lampejo individual do menino Jáder, ele conduz a bola em velocidade e rola para Bissoli, sozinho, finalizar fraquinho para as mãos de Maílson.
Christian, mais um dos que fizeram uma péssima partida, é sacado para a entrada do veterano Jadson, aos 33´.
Ainda assim, a morosidade e lentidão do Athletico Paranaense irritam! Não se cria nada. Não há construção de jogada, mobilidade no ataque, compactação das linhas. Um arremedo de time! Com 60% de posse de bola, erra até mesmo os passes curtos laterais.
Aos 43´, nova chance do Athletico partindo dos pés do elétrico Jáder, que entrou muito bem na partida. Chute colocado de fora da área buscando o ângulo do goleiro Maílson, que faz uma linda defesa com a ponta dos dedos.
E assim nos questionamos o porquê de se permanecer 60 minutos com Pedro Rocha longe da forma física, e não iniciar com o garoto Jáder que fora destaque nas duas últimas partidas. Está cada vez mais difícil defender a permanência do lusitano Oliveira à frente do elenco atleticano.
Como se não bastasse, aos 48´ minutos o Sport Recife acerta um chute venenoso na trave, dando a sensação de que ficamos no lucro ainda.
Athletico sobe para a 8a. posição em uma rodada não concluída, e é superado em pontos pelo Atlético-GO, igualando-se em pontos a Cuiabá e Ceará.
0x0.
Chato. Modorrento. Mais uma partida do CAP em autêntico “Modo Rivotril”.