Walter Feldthaus

Na maravilhosa noite de quinta (30), após o Athletico avançar a mais uma final continental, eliminando o Peñarol (URU), tricampeão mundial, o que chamou a atenção foi a serenidade, humildade e tranquilidade de Nikão, na entrevista coletiva.

Após ser eleito mais uma vez o melhor em campo, anotando gol e dando assistência, ele ressaltou a dificuldade dessa partida, salientando a tradição do time uruguaio. Falou com sobriedade sobre a final contra o RB Bragantino, mas salientou que o foco é total no Brasileirão, agora.

Nikão lembrou também, da falta que a torcida faz para o espetáculo, comentou que em alguns momentos ouviam, de dentro do campo, a torcida incentivando do lado de fora do estádio. Destacou que esse incentivo, essa vibração encorpa o time dentro de campo, mesmo à distância.

Reforçou o foco em encerrar bem a temporada, preferencialmente com título, o que coroaria esses 7 anos de clube, desde sua chegada, desacreditado. Mas em seu discurso, sente-se um tom de missão cumprida, falando do trabalho sempre levado a sério, das conquistas, da grandeza do clube, do carinho com que foi acolhido, de toda estrutura e da gratidão eterna por isso.

Nikão é o artilheiro do Athletico em Sul-Americanas e diz que se emociona ao pensar numa saída e nos pedidos da torcida para sua permanência. Ressaltou que se sente feliz na cidade, que aqui seus filhos nasceram, aqui se casou e aqui deu a volta por cima e sua vida mudou. Lembrou também que aqui ele venceu e gravou seu nome na história do clube.

Finalizou afirmando que muitas vezes, o atleta não entende a grandeza do Athletico quando está aqui, que após a saída, muitos percebem a magnitude do que é esse Clube. E finalizou afirmando: “Temos muitas coisas grandes a fazer, ainda esse ano.”