4 out 2021 - 16h19

Alberto Valentim à beira do campo, estreia o “Modelo Ferguson” da Baixada

Acostumados a falar de Alberto como um dos maiores laterais da história do clube, agora a torcida o verá atuando na beirada externa do campo. O mineiro que iniciou sua carreira fora de campo como assessor da presidência, em 2012, também no Athletico, nunca deixou de demonstrar sua paixão pelo clube, agora comandará a equipe como treinador.

Logo após ser anunciado como assessor de Mario Celso Petraglia, em 2012, Alberto Valentim passou a ser o auxiliar técnico da comissão permanente do clube, encabeçada por Ricardo Drubscky, no acesso de 2012. Após a saída de Drubscky, trabalhou com Mancini, na temporada de 2013, sendo terceiro colocado no Brasileiro e vice da Copa do Brasil.

Depois disso, seguiu se aprimorando por clubes do Brasil, foi campeão brasileiro pelo Palmeiras, como auxiliar de Cuca. Foi treinar o Bragantino, não teve sucesso. Voltou ao Palmeiras de Cuca, e esse demitido, assumiu interinamente em 2017 e acabou vice-campeão brasileiro, novamente.

Daí pra frente, sempre como treinador, alternou bons e maus trabalhos, sendo campeão estadual por Botafogo (2018) e Cuaibá (2021), livrando Vasco do rebaixamento (2018). Acumulou alguns trabalhos mal sucedidos no Avaí (2019) e no retorno ao Botafogo (2019). Viveu situações inusitadas, culminando em demissão com bom desempenho, no Pyramids do Egito e no Cuiabá. Em sua breve carreira como treinador, apenas quatro anos, soma um aproveitamento geral de 55,7%, que pode ser tratado como um desempenho bastante regular.

Particularmente, gosto de treinadores com identidade e história com o clube. Sempre vi isso com bons olhos e penso que o tal “Modelo Ferguson” pode dar certo com alguém desse perfil. Lembrando que Autuori já tem essa identidade, aqui, mas não quer o estresse do dia-a-dia e nem da beira do campo de um treinador, porém quer comandar tudo, numa espécie de colegiado, juntamente com a comissão técnica. Valentim chega ciente disso, conhecedor profundo do Clube e do Presidente.

Vejo o trabalho do Alberto como um trabalho vibrante, lembrando o querido delegado Antônio Lopes à beira do campo. O treinador é adepto dos três zagueiros, dos laterais avançados e do contra-ataque veloz e letal, prevejo que pode transformar de vez a carreira dos meninos Khelvenn e Abner, por ter sido um dos grandes especialistas na posição. Tem o DNA vencedor e de conduta profissional que o clube deseja. É extremamente identificado com a camisa rubro-negra, passou pelo clube quatro vezes como jogador, foi eleito o melhor da posição no Brasil, atuando aqui, pela revista Placar, em 1996, e pela CBF, em 1999. Fez questão de vir encerrar a carreira de jogador, aqui. Iniciou a carreira fora de campo, igualmente, aqui.

Alberto foi diretamente atuante em duas grandes “ocasiões” atleticanas, primeiro, ao encantar o Brasil, sendo o garçom de Oséas e Paulo Rink, em 1996, quando tudo começou. E, mais recentemente, na retomada, durante a série B, em 2012 e consolidação na A, em 2013, como auxiliar técnico.

Acho justa a oportunidade e quero muito “profetizar” que teremos grandes glórias com Alberto à beira do gramado.



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