15 out 2021 - 10h00

Wallyson: artilheiro longe da Baixada

Não é de hoje que o clube busca reforços em clubes no norte e nordeste brasileiro. Tivemos, inclusive, alguns ídolos surgindo desses mercados mais alternativos, como Adriano Gabiru (que veio do CSA em 1998) e mais recentemente Rony (paraense que foi revelado pelo Remo e, apesar de ter sido vendido para o Cruzeiro, nunca chegou a estrear no clube mineiro). O Troféu Joinha de hoje segue (quase) nessa linha.

Wallyson chegou ao Bunker do Umbará em 2008, após três boas temporadas no ABC (RN). Tido como grande promessa da base do clube, Wallyshow tinha como principais características a pontaria e a velocidade, mas o jovem levou um tempo para se adaptar e ganhou espaço apenas no estadual de 2009.

Naquele ano, o camisa 17 jogou entre um amontoado complexo de atletas de diferentes calibres, desde Rafael Moura (artilheiro do estadual), Alex Sandro (lateral da seleção brasileira e da Juventus) e Alberto Valentim (hoje técnico do Furacão, o lateral se aposentou após o título estadual) até o lateral Raul e o volante Chico (dois fortes candidatos ao Troféu Joinha).

Foram apenas dois gols na campanha do título, mas o grande destaque fica para a lesão contra o Coritiba. Em uma dividida com o lateral Triguinho, o atacante teve uma fratura no pé esquerdo. Bom, ao menos essa é a versão oficial. Um amigo de arquibancadas jura até hoje que a lesão foi após o jogador chutar o gramado da Arena ao invés da bola. Portanto, como diz O Homem que Matou o Facínora, se a lenda é maior que o fato, publique-se a lenda.

Voltando aos fatos, Wallyson não conseguiu repetir as atuações que teve no ABC e foi vendido, em 2010, ao Cruzeiro. A substituição da carne de onça pelo queijo minas parece ter tido um efeito quase imediato, fazendo com que o atleta voltasse a voar em campo. O clube celeste disputou a Libertadores em 2011 e Wallyson fez 7 gols (4 deles nos primeiros 2 jogos), sendo artilheiro da competição.

Novamente as lesões atrapalharam a carreira e ele perdeu espaço em Minas Gerais. Chegou a passar por São Paulo e Bahia, mas foi no Botafogo que teve outro grande momento, marcando 3 gols e classificando a equipe carioca para a fase de grupos da Libertadores de 2014, terminando a temporada como vice-artilheiro da competição.

Apesar disso, não conseguiu se firmar e voltou a rodar por vários clubes, entre eles o Coritiba, mas sem conseguir uma boa sequência, geralmente por conta das lesões. Em 2019 voltou ao ABC, onde permanece até hoje com 32 anos.



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