Rodrigo Linhares

A reta final do Campeonato Brasileiro não está sendo tão tranquila quanto poderia para o Furacão.

Após campanha atípica, onde teve um primeiro turno razoável e um segundo bastante abaixo do normal, o Athletico precisa concentrar esforços para vencer as próximas rodadas e livrar-se de vez do risco de descenso.

Com foco principal nas demais competições, como a Copa do Brasil e a Copa Sulamericana, o Athletico acabou poupando o time titular em boa parte do campeonato, o que acabou custando alguns pontos preciosos. O elenco reduzido e pouco qualificado também contribuiu para que o clube esteja nessa situação desconfortável.

Analisando a campanha como um todo, nota-se outro elemento incomum: o péssimo retrospecto como mandante. O que sempre foi tido como um trunfo da equipe atleticana, tornou-se aspecto negativo na temporada atual. Das 17 partidas disputadas na Arena, o Furacão venceu apenas 7 vezes, empatando 4 e perdendo 6 partidas, o que resulta num aproveitamento de 49%.

Para fins de comparação, em 2011, ano em que o Athletico acabou sendo rebaixado com 41 pontos, o time venceu 8 vezes e empatou 8, em 19 jogos em casa. Aproveitamento de 56%.

Até o momento, o Campeonato Brasileiro de 2021 notabiliza-se por conferir ao Athletico o pior desempenho como mandante de sua história. Fato que precisa ser revertido nas próximas rodadas.

A ausência da torcida em boa parte da temporada, devido às condições sanitárias, também colaborou para o baixo desempenho, mas longe de ser uma das razões preponderantes.

Obviamente que o cenário melhora com a presença do público e o Athletico deve se valer do apoio incondicional de seus torcedores nesse momento para conquistar os próximos resultados.

Cabe então à fanática torcida rubro-negra lotar o estádio dia 3 de dezembro, sexta-feira, às 19 horas, na partida contra o Cuiabá, adversário direto do Athletico na briga contra o rebaixamento. Partida fundamental em que apenas a vitória interessa.