O caminho até a final: com duas vitórias, Furacão despacha o Santos nas quartas
Depois de passar pelo Dragão, o Athletico encontrou o Santos em seu caminho nas quartas-de-final da Copa do Brasil. Foi a segunda vez na história que as equipes se enfrentaram na competição. Em 1996, com dois gols de Oséas e um de Paulo Rink, o Furacão goleou o Santos e garantiu a classificação.
Desta vez em dois jogos, o Rubro-Negro fez a lição de casa ao vencer por 1 a 0 na Arena e, quebrando um tabu de 16 anos, derrotou o Peixe na Vila Belmiro pelo mesmo placar para chegar à semifinal.
PRIMEIRO JOGO COM RECLAMAÇÕES DE AMBOS OS LADOS
O Athletico entrou em campo disposto a resolver logo a partida e, já no começo do jogo, acertou a trave santista com Jader. O goleiro do Santos ainda precisou trabalhar duas vezes antes de ver sua rede balançar. Aos 16′, Renato Kayzer testou para marcar o gol que garantiu a vitória atleticana.
No segundo tempo o Furacão voltou a marcar com Mingotti, mas a arbitragem marcou um impedimento muito questionável. A polêmica foi ainda maior porque a equipe do VAR não traçou a linha para confirmar que a posição era ilegal, o que gerou muita reclamação por parte do Athletico. Já o Santos ficou na bronca por um suposto pênalti não marcado quando a bola bateu no braço de Kayzer dentro da área.
Esse foi o último jogo do Athletico sob o comando de António Oliveira na Coopa do Brasil.
QUEBRA DE TABU COM GOLAÇO DE ZÉ IVALDO GARANTIU A CLASSIFICAÇÃO
No jogo de volta o Athletico foi à Vila Belmiro, onde não vencia o Santos desde 2005, quando derrotou o Peixe por 2 a 0, com dois gols de Aloísio, em partida válida pela Libertadores. Essa tinha sido a única vez que o Furacão havia vencido a equipe paulista em seus domínios.
Sob o comando de Paulo Autuori, o Rubro-Negro aproveitou os desfalques do Santos e repetiu o placar, avançando para a semifinal graças a um golaço de Zé Ivaldo.
SABENDO SOFRER NA PRIMEIRA ETAPA
Contando com a vitória no primeiro jogo, o Athletico entrou em campo disposto a não tomar gol. Anulando Marinho, principal jogador do Santos no setor ofensivo, o time da Baixada soube sofrer a não correu grandes riscos. A melhor oportunidade do Peixe saiu num chute do próprio Marinho, que exigiu grande defesa de Santos. Já o Rubro-Negro chegou com Richard, em chute que parou nas mãos de João Paulo. Erick e Terans também criaram boas chances no finalzinho, mas o placar permaneceu fechado.
NA SOBRA, ZÉ IVALDO MARCA E PÕE O FURACÃO NA SEMI
Com uma postura menos defensiva na etapa final, o Rubro-Negro equilibrou o jogo e impediu o domínio santista. O Peixe pouco criou no segundo tempo e nas poucas vezes que chegou ao ataque a defesa atleticana se virou bem. A mudança de atitude deu resultado e o Furacão passou a buscar o ataque, conquistando a vitória e a classificação com um golaço de Zé Ivaldo. Depois de cobrança de escanteio, o zagueiro aproveitou a sobra e meteu um chutaço de canhota, mandando a bola na gaveta, sem chances para João Paulo.
Assim, com duas vitórias simples, o Athletico se garantiu mais uma vez na semifinal da Copa do Brasil.