Dia de São Ziquita. Tem que ser hoje!
“Chama o Ziquita. Ixi, agora só com Ziquita. É impossível? Vamos de Ziquita. Só por milagre? Evoquem São Ziquita.”
Assim como no gol de bicicleta de Sicupira em 1968, nos gols de Dirceu nas finais de 1990 sobre o Coxa, nos 2 x 0 na semifinal do Brasileiro de 1983 no Couto Pereira, se fosse verdade que todo aquele que conta que estava no antigo Joaquim Américo de tijolinhos naquela tarde de 05 de novembro de 1978 realmente estivesse lá, o público teria sido de umas 50 mil pessoas.
Até onde lenda e realidade se confundem a história se encarrega de contar. Mas é fato que o folclórico atacante, até então sem muito destaque naqueles times medianos da década de 70, fez o que parecia impossível.
Com o Furacão sendo dominado e perdendo por 0 x 4 do Colorado pelas semifinais do estadual daquele ano, o camisa 9 virou herói, se transformou em lenda e escreveu seu nome na história do então Clube Atlético Paranaense. Ele empatou o jogo nos 12 minutos mais eletrizantes da história da casa atleticana e ainda meteu uma bola na trave no último lance do jogo.
Nós temos 90 minutos para fazer o improvável.
Hoje o Athletico tem uma missão que por si só já seria difícil. Competir contra o bilionário Atlético Mineiro, recém campeão brasileiro. Temos que bater o time que nos venceu em TODOS os três confrontos do ano, tendo feito 7 e não sofrido NENHUM gol nosso.
Existe uma tendência a arbitragem ajudar o adversário, como aconteceu em boa parte do Brasileirão e no pênalti mal marcado na partida de ida. Existem fatore$ externo$ que $empre fizeram muita diferença no futebol brasileiro. Existe um timaço, que faz com que praticamente nenhum jogador do rubro-negro pudesse ser titular do Galo mineiro. Existe uma vantagem enorme do alvinegro que pode até perder por 3 gols de diferença e levantar o 3º caneco do ano. Existe o artilheiro da competição e eleito melhor jogador do ano. Existe um treinador que já mostrou toda sua competência dirigindo o time mineiro.
Mas por aqui existe a Fé. Existe o imponderável. Existe a vontade gigantesca do atleticano em presenciar ao vivo um milagre. Sem o capitão e líder, General Thiago Heleno. Possivelmente sem seu melhor e mais vitorioso jogador, o meia atacante Nikão. Com laterais que oscilam muito, meio de campo pouco criativo e sem opções no banco que possam resolver um jogo.
Mas existe a mística, existe a camisa que só se veste por amor, existe uma torcida fiel e apaixonada que pode mais uma vez ajudar a fazer a diferença. Existe uma torcida que (quer), mas não torce por troféu e sim por um clube quase centenário.
Você que tem Fé, reze e peça a São Ziquita que a noite de hoje seja inesquecível para toda nação atleticana. Rubro-negro é quem tem raça e não teme a própria morte!