15 dez 2021 - 7h09

O Dia do “F*da-se”

Será que o autor deste texto enlouqueceu? Será que está pouco se lixando pra uma final tão importante? Largou realmente os bets? Não, não. Nada disso! Ontem à noite, zapeando no grupo da Furacao.com e principalmente relendo as brilhantes matérias dos meus amigos e ídolos Juba, Doc, Toti e Leandrão, percebi o Atleticanismo em doses cavalares presente em cada uma de suas emocionantes palavras. Inclusive recomendo fortemente a leitura dos textos de ontem e hoje. Vi também em tantas postagens da internet pessoas que desacreditam de uma possível remontada, face a todas as adversidades dos últimos dias, principalmente à queda de rendimento do escrete de Alberto Valentim. Coisa que não vem de hoje, mas de pelo menos 40 dias atrás, desde o segundo tempo no 2×2 contra o Flamengo na Baixada. Então vou te falar. Quer saber mesmo? Sim, é difícil. Sim, é quase impossível. Sim, são muitos zeros depois da vírgula pra uma chance de probabilidade real em prol do Athletico. Mas quer saber também? F*DA-SE!!!!! Eu, Marcelo Ostrowski, estarei lá, não importa o que aconteça. F*DA-SE se o time dos caras tem mecenas, é multimilionário, montou o melhor elenco do Brasil e leva a vantagem de 4×0 no jogo de ida. F*DA-SE se o líder do grupo (Thiago Heleno) foi suspenso e o maior craque (Nikão) não puder jogar. Nossa história nos mostrou capazes de criar heróis improváveis: Ziquita, Lima, Dirceu Carrasco, Manguinha e tantos outros. Hoje pra mim Canesin será um Iniesta. Cadu será um Mbappé, Kayzer será um Ibra, Zé Ivaldo será um Baresi. Forcei? Lógico. Mas vou empurrar o time e condicionar meu cérebro como se eles fossem isso! Porque eu já voltei embora pra casa a pé por 16km, sem ônibus, de um longínquo Pinheirão depois de tomar 6 numa Copa do Brasil em 1997. Sofri tanto que cheguei a prometer que nunca mais iria a uma partida de futebol. Cá estou eu novamente, insano por essa comorbidade chamada Athletico. Já saí numa noite chuvosa de quarta-feira pra empurrar craques como Pádua, China, Mastrillo, Luis Américo, Edenilson Pateta, Barbosa e Pirata, treinados pelo horroroso Sérgio Cosme e vê-los empatar com o Matsubara. Por que não faria a mesma coisa agora, no melhor momento de nossa história, numa finalíssima de Copa do Brasil?!?! “Seloko!” F*DA-SE se a Globo nos ignora. Se periódicos clubistas do Eixo RJ/SP ainda discutem se somos grandes. F*DA-SE se o Daronco estará no apito. Se o VAR terá o mesmo salafrário que não chamou a arbitragem na entrada criminosa do Reinaldo sobre Renato Kayzer. F*DA-SE se todos os prognósticos sejam todos os mais contrários possíveis! Eu estarei lá!!!! E eu quero ver vocês lá! Bebendo e conspirando! Quero estar com vocês cantando os 90 minutos. Tão alto a ponto de atrapalhar a narração das emissoras. Tão alto a ponto de fazer uma possível medalha de prata ser mais comemorada que a de ouro. Quero sair tropeçando na sombra. Abraçado com meus irmãos rubro negros. De todas as classes. De todos os gêneros e de todas as raças. Quero poder fazer a festa mais linda de todas. O que eu quero mesmo é sentir o Athletico pulsando dentro das veias, ao ponto de disparar o coração e impulsionar o grito mais forte dentro da Baixada. O título? Seria sensacional. Mas quer saber? FODA-SE!!! (E este, sem censura e sem “*”, proposital) O melhor de tudo é tão e simplesmente ser atleticano. E ter o privilégio de estar lá, no momento mais importante destes 97 anos de existência. Te vejo hoje na Baixada!


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