1 fev 2022 - 14h48

Até onde podemos chegar?

O time que foi vice campeão brasileiro (já na era dos pontos corridos), perdendo por muito pouco para o Santos de Robinho e cia limitada tinha o então Bola de Prata o goleiro Diego, uma geração de piás do Caju com Fernandinho, Jadson e Dagoberto, uma aposta clínica, mas não técnica como Washington e a experiência de Marcão, Fabiano e Marinho. E quando um dos craques do time se machuca, o clube encontra “do nada” e recém saído de litígio com seu ex-clube um Oseas revival, um atacante chamado Denis Marques que deu conta do recado.

E o que o clube fez para disputar em grande estilo sua terceira Libertadores da história? Deu o comando técnico ao desconhecido Casemiro Mior, vendeu quase todo mundo de 2004, trouxe apostas como Danilo e André Rocha, deu a milésima chance para Evandro e contratou jogadores muito questionados como Lima, Maciel, Fabricio e Baloy. Esse time sofreu para passar da 1ª fase daquela Libertadores e depois de trazer um treinador de verdade, o Delegado Antonio Lopes, engrenou, criou uma casca poderosa chegando até as finais da competição de uma maneira surpreendente e até mesmo improvável.

Fabiano e Marinho compunham a defesa do time de 2004.

Mas o improvável acontece! Depois de um biênio glorioso como foram 2018/19, não custando lembrar que no primeiro ano estávamos na zona de rebaixamento e sofrendo com as invencionices sem sentido do treinador Diniz, reformulamos o elenco e investimos muito em jogadores com qualidade pra lá de duvidosa. Nunca o clube gastou tanto, mas infelizmente a maioria das contratações de 2020 (principalmente) e 2021 não trouxeram o retorno esperado.

Lembro disso para elogiar a movimentação deste início de 2022. O Athletico não foi afoito, não se abateu com algumas negativas e tampouco fez as já famosas contratações só de ocasião. Ainda há posições estratégicas onde temos que contratar? Sem dúvida, um time, em tese, nunca estará 100% pronto e fechado. Mas é inegável que a direção foi cirúrgica, paciente e deu botes certeiros em trazer vários jogadores para serem titulares e trouxe ainda um bom nível de atletas para compor o elenco, entrar no sistema de rodízio e ter uma melhor preparação para quem disputará muitas competições este ano (Paranaense, Recopa, Libertadores, Copa do Brasil, Brasileiro).

Certeza de que vai dar certo? Não e isso é impossível. Mas é inegável que a chance de funcionar, de dar certo, de engrenar são MUITO maiores com a manutenção dos bons valores dos anos anteriores mais a vinda de Hugo Moura, Matheus Fernandes, Bryan Garcia e as possíveis efetivações de Victor Bueno, Pablo e especialmente o meia armador Marlos.

Resta agora verificar se o treinador Alberto Valentim, de grande carisma e identificação com o clube está no patamar adequado para fazer esse time “dar liga” e mostrar algo a mais do que foi apresentado em 2021. Se ano passado ele pegou o bonde andando e um elenco com enorme disparidade entre titulares e reservas, pode e deverá ser cobrado em mostrar melhor performance e resultados tendo tempo disponível e melhor material humano a seu dispor.

Até onde podemos chegar? Só o tempo e os resultados dirão. Mas a expectativa é grande.



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