Até logo, El Comandante…
Antes de mais nada, sou suspeito para falar de Luís Oscar Gonzalez. Sou muito fã do Lucho. Desde os tempos de River Plate e seleção argentina. Antes da sua história no Athletico.
Particularmente, meus maiores ídolos não são os que apenas são ou foram “bons de bola”.
Sempre admirei o profissional completo. Lucho era um deles. Tinha a qualidade técnica pra jogar a nível europeu e exercer protagonismo, tinha controle mental para ser um líder e comandar de dentro do campo as equipes pelas quais jogou. E ainda assim, cuidar do físico o suficiente para ser longevo a ponto de encerrar a carreira aos 40 anos numa competição internacional, e não numa partida amistosa, numa festa de despedida.
Foram 164 jogos, 11 gols e 06 assistências pelo Athletico, até seu derradeiro minuto como jogador, aos 8´ de partida contra o equatoriano Aucas. Ali findava a carreira do segundo argentino mais vitorioso na história do futebol.
Ali, nascia o profissional de área técnica Lucho Gonzalez. Que imediatamente passou a fazer os cursos obrigatórios da CBF para iniciar na carreira de treinador.
E aos 16 de janeiro de 2022, o próprio Athletico o convidou para ser auxiliar técnico de Alberto Valentim, na equipe principal. E desde então, nosso Comandante começou a desempenhar um papel importante no clube, contando com o respeito e o carinho dos boleiros de todas as categorias, da base ao profissional.
Continuou no clube mesmo após a saída do diretor técnico Paulo Autuori, a quem tinha muito apreço, e que o apelidou de “Animal Competitivo”.
Mas hoje, segundo informações dos principais periódicos da cidade, em solidariedade a Alberto, Lucho pediu demissão e desligou-se do Athletico. Encerra seu ciclo com pouquíssimo tempo na função.
Uma pena. Pois poderia passar a experiência vencedora de dentro do campo, especialmente aos mais jovens.
Estes, por sua vez, aprenderiam que uma “final não se joga, se ganha”.
Uma pena que, em todas as apresentações, idas e vindas do Lucho, houve uma certa produção visual nas mídias sociais do Club Athletico Paranaense, exposição, arte, mídia…
Hoje, por sua vez, ao bater de frente com a diretoria do clube, saiu pela porta dos fundos, com apenas uma notinha de rodapé: “obrigado pelos serviços prestados”.
Um ídolo não merece isso…
Mas neste espaço quero te homenagear. E te agradecer.
Obrigado por tantas vezes se esforçar para imprimir um DNA vencedor em nosso clube. Obrigado por ser um dos responsáveis por nos colocar no mapa intercontinental do futebol. Por fazer temido “El Paranaense” nos quatro cantos das Américas. Por nos fazer gigantes, respeitados, VENCEDORES…
Um grande abraço deste fã que vos escreve. Vai deixar saudades.
E espero que algum dia, possa voltar a esta casa vermelha e preta, quem sabe num momento menos conturbado.
Vai com Deus, Lucho.
Até breve, El Comandante.