19 maio 2022 - 10h50

Hoje é um novo dia…..

…. de um novo tempo/que começou

Nesses novos dias/as alegrias/

serão de todos/é só querer.

Esses nossos sonhos/ serão verdade

o futuro já começou.

 

A letra da música “Um novo tempo” pode se encaixar como uma luva ao Furacão após a vitória diante do Libertad na fria noite de quarta-feira (18) por 2 a 0 com assinatura do argentino Cuello e do uruguaio Canobbio. Nada mais do que a vitória interessava ao Athletico que de lanterna passou a vice líder do Grupo B e com grandes chances de classificação, dependendo somente de si e podendo simplesmente empatar na última rodada da fase de classificação para ir as oitavas de final:

PRIMEIRO TEMPO: mesmos erros

A partida iniciou com os paraguaios do Libertad claramente mostrando a que vieram a Curitiba: esfriar o jogo, enervar o rubro-negro, gastarem o tempo e aos poucos mostrarem sua qualidade. Não à toa o time é o líder do campeonato paraguaio e mostrou muita precisão nos passes, boa movimentação e segurança defensiva. Até os 15′ nenhuma equipe chegou de maneira mais contundente, porém quem mais trocava passes no campo ofensivo era o Libertad que chegou a arrematar sem perigo ao gol atleticano.

A tática adversária surtia efeito, deixando não só os jogadores como a torcida nervosa ocasionando um clima esquisito e pouco positivo na Baixada. Os primeiros ataques do Furacão foram somente aos 27′ e 31′ da primeira etapa, com Cuello cortando para dentro e arrematando de fora de área, ambas por cima da meta do marrento veterano goleiro Martin Silva que ganhava de 20 a 30 segundos por tiro de meta para repor a bola.

E assim, sem muitas emoções e com muitos erros de tomada de decisão por parte dos jogadores atleticanos a torcida esperou o apito de término da primeira etapa para ecoar vaias e mostrar sua insatisfação com os comandados de Felipão.

SEGUNDO TEMPO: tudo mudou

O Furacão entrou em campo para a etapa complementar antes mesmo do trio de arbitragem já mostrando apetite pro jogo. E diferentemente da etapa inicial, o Athletico começou a parte final da partida muito mais aceso, mais ligado e com ele a torcida foi junto e a pressão se tornou inevitável. O rubro-negro apresentou algo raro em 2022: repertório. E para tal, dois jogadores que fizeram uma primeira etapa muito discreta, até mesmo falha, melhoraram toda dinâmica da partida. De um lado Khellven cresceu, deu opções para aproximação e tabelas com Canobbio e David Terans e do outro Abner foi mais incisivo, buscou tabelas com Tomaz Cuello e aproximação de Pablo.

Aos poucos o Athletico ia chegando, arrematava e também se expunha. E num desses lances aos 10′ um contra ataque que poderia ter sido fatal; enfiada de bola com todo time atleticano no ataque e Melgarejo avança livre pelo meio campo, obrigando o goleiro Bento a sair até a intermediária e dividir a bola com um carrinho. O árbitro e o auxiliar não caíram na malandragem paraguaia e viram que na realidade o atacante adversário se jogou e nada marcaram. O castigo veio 2 minutos depois, com Cuello recebendo pela esquerda, cortando para dentro e mandando um balaço no canto superior esquerdo do gol paraguaio.

Quis cruzar? Quis chutar?

Não importa. O que importa é bola na rede e o argentino marcou seu primeiro gol com a camisa atleticana para delírio da torcida que não parava. O gol mudou o panorama da partida e logo depois o Libertad processou duas alterações, abrindo mais o time o que tornou o jogo mais franco. Hugo Moura fazia outra grande atuação e Christian ajudava a cobrir os laterais. O Athletico se encorpava em campo e num contra ataque aos 23′ David Terans com a calma dos craques carrega a bola e enfia na medida e na hora certa para Agustin Canobbio dominar, ajeitar e fuzilar no canto inferior direito decretando o placar final de 2 a 0 e a vitória atleticana na Baixada.

Após o segundo gol os paraguaios foram com tudo para cima, obrigando Bento e defender com firmeza chutes de fora da área e praticar uma defesa sensacional após cabeceio no cantinho. Do outro lado o Athletico desperdiçou pelo menos 3 excelentes contra ataques, um com Cuello e duas vezes com Pedro Rocha, quando poderia ter aumentado o placar e melhorado o saldo de gols da equipe no grupo.

Ao apito final muita festa na Baixada com uma grande sensação de alívio do time e torcida com a alegria e certeza no coração atleticano de que a vitória de ontem foi a alegria de um novo dia e que o futuro do rubro-negro neste ano, já começou.

PROXIMOS COMPROMISSOS

O Athletico volta a campo no domingo às 19h pelo Brasileirão, necessitando da vitória para melhorar na classificação e embalar também no torneio nacional. Atualmente o Furacão ocupa a perigosa 15ª colocação com os mesmos 6 pontos do 17º colocado, o Juventude, que abre a zona do rebaixamento.

Como o compromisso pela 6ª e última rodada da fase de grupos é somente na quinta-feira dia 26, é provável que Felipão use a força máxima no final de semana contra o Avaí.



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