26 maio 2022 - 10h41

“Um elenco de qualidade, mas que ainda precisa formar um time”

Não restam dúvidas de que o planejamento desse início de temporada do Furacão foi bagunçado. Erros, desencontros, jogadores chegando aos poucos, reconstrução de um time, pois a geração multicampeã está acabando…

Com o auxílio do nosso especialista em scouts, Michel Toti, eu e outros companheiros de Furacao.com listamos alguns fatores que foram preponderantes para esse estado:

  • Manutenção equivocada de Alberto Valentim no comando técnico, com aproveitamento baixíssimo. Ele não definiu padrão de jogo e não apresentou liderança perante o elenco;
  • Limite de apenas 35 atletas inscritos no Campeonato Paranaense. Para piorar, a escolha dos inscritos foi equivocada. A situação se agravou por falta de amistosos. O elenco não teve testes, não ganhou conjunto e nem ritmo de jogo;
  • Instabilidade no departamento de futebol do clube, com as chegadas de Yamada, Alexandre Mattos, Ricardo Gomes e, logo depois a saída de Autuori. Uma estrutura que há tempos era mantida, seguindo uma lógica, uma ideologia foi posta em xeque;
  • Contratações que chegaram sem ritmo, sem condição de jogo, sem estar de acordo com a aprovação de todo departamento de futebol;
  • Um fato que há tempos não ocorria no clube: o DM lotado. Foram muitas contusões simultâneas, dando indício que havia algo errado na fisiologia do clube;
  • A chegada de Fábio Carille em meio a uma maratona de jogos e viagens, o fiasco na altitude contra o The Strongest e a demissão relâmpago de um treinador que nem sequer teve tempo de implementar seu trabalho ou comandar dois dias seguidos de treino;
  • Alguns jogadores em má fase técnica: Santos, Khellven ,Pablo, Abner, juntando-se contratações descabidas, como Orejuela e Jonathan (ex-Avaí).

Correção da rota

Com chegada de Felipão, sua experiência adquirida em mais de 40 anos de profissão, logo detectou que não havia confiança, nem time definido. A primeira medida foi ser simples, básico. Corrigir a marcação da defesa, trazer solidez e jogar com mais inteligência. A partir da definição de uma equipe titular, que não deverá ser a da temporada toda, buscar a recuperação da confiança de alguns jogadores, voltar a ser temido em seus domínios foram as premissas básicas de Scolari, mas claramente, isso não ocorre da noite para o dia…

O primeiro jogo sob o comando de Felipão, foi o “amistoso de luxo” na terceira fase da Copa do Brasil, contra o Tocantinópolis. Uma vitória tranquila, com o objetivo claro de recuperar alguns atletas, de retomar confiança.

Em seguida, jogo em Volta Redonda, derrota frente ao Fluminense, em uma noite em que a equipe toda foi mal.

Comando do vestiário

Ao término da partida, na entrevista coletiva, ao responder a uma pergunta da jornalista Nadja Mauad, Felipão fez questão de frisar: “Eu deixei eles à vontade no vestiário”.

Em seguida, falou sobre a importância de vencer o próximo confronto na Copa Libertadores frente ao Libertad. Pediu apoio maciço da torcida, afinal o Athletico tinha a obrigação de vencer para continuar sonhando com uma classificação para as oitavas de final.

No dia do jogo, Felipão fez algumas alterações na equipe, uma por ordem médica: Cuello por Vitinho, duas por opção técnico-tática: Nico Hernandez no lugar de Matheus Felipe, Christian no lugar de Bryan Garcia. Em um jogo truncado, o Athletico venceu a partida com gols de Cuello e Canobbio.

Manutenção do time

Poucos dias depois, confronto contra o Avaí, pela primeira vez no ano, no 32° jogo da temporada, o Athletico conseguiu repetir uma escalação. Bento, Khellven, Pedro Henrique, Nico Hernández e Abner; Hugo Moura, Christian e David Terans; Cuello, Canobbio e Pablo.

Na entrevista coletiva, ao responder uma pergunta da repórter da Rádio CAP, Felipão afirmou que dentro das opções que o elenco oferece atualmente essa é a escalação que ele entende ser a mais adequada.

Recuperação da confiança

Nesse curto período comandando o Athletico, Felipão vem recuperando a confiança de alguns jogadores como Khellven, Christian, e Pablo. Também vem estabelecendo um time titular e definindo um jeito de jogar. Ao recuperar os jogadores que atualmente são titulares, com certeza a comissão técnica vai começar a dar maior atenção aos jogadores que atualmente são reservas, como Marlos, Vitor Bueno, Marcelo Cirino.

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