Em mais um confronto entre rubro-negros na Copa do Brasil, o Athletico encarou o Flamengo nesta quarta (27), no Maracanã, com várias modificações promovidas pelo técnico Felipão. Contando com o apoio da torcida no jogo de volta e sem poder escalar Pablo, lesionado, o técnico mais vencedor da Copa do Brasil mudou totalmente o esquema de jogo do Furacão, impôs uma retranca e fez o atleticano voltar a saber sofrer. Com consciência defensiva de todos, excelentes defesas de Bento e um pouquinho de sorte com duas bolas na trave, o Rubro-Negro segurou o 0 a 0 contra o badalado Urubu e, agora, decide em casa a vaga na próxima fase da competição.
SABER SOFRER
O Athletico adotou uma postura bastante cautelosa no primeiro jogo das quartas de final. Sem um centroavante de referência, Scolari optou por alterar o esquema de jogo, iniciando com três zagueiros e três volantes. Deixou Canobbio no banco, escalando Terans e Cuello no ataque; no meio, garantiu a titularidade do experiente Fernandinho, ao lado de Hugo Moura e Erick e; na zaga, promoveu a volta do general Thiago Heleno ao lado de Pedro Henrique e Nico Hernández. Abner e Khellven jogaram pelas laterais, priorizando a marcação em detrimento do ataque. Bento no gol, fechou a meta e passou muita segurança com defesas fáceis, difíceis e um tanto de sorte, contando com a trave para lhe salvar duas vezes.
Mesmo sem muita posse de bola, o Furacão anulou as principais peças do adversário, que ficou nervoso e apelou. Gabigol chutou Fernandinho e não foi expulso. Arrascaeta também deu um carrinho por trás em Erick e recebeu apenas o cartão amarelo (deu até tapinha nas costas do árbitro em “agradecimento” depois do lance). No fim, ao impedir o avanço de Vitinho em contra-ataque atleticano, David Luiz não gostou da marcação da falta e mandou o árbitro tomar no **, sendo expulso. Os flamenguistas, como sempre, choraram e reclamaram muito da arbitragem. Mas a verdade é que o Furacão calou, de novo, o Maracanã.
Apesar do sufoco, o Rubro-Negro mostrou muita disciplina tática e arrancou um empate diante de mais de 65 mil torcedores do time carioca, que mais reclamaram das chances perdidas do que efetivamente torceram. Precisam aprender com a gente?
ISSO AQUI VAI VIRAR UM INFERNO!
Agora, o Furacão tem a chance de chegar à próxima fase da Copa do Brasil com uma vitória simples dentro de casa. Se para a grande mídia a fatura estava liquidada, agora a vantagem é do Athletico que, com o apoio da sua inflamada torcida, depende apenas das suas próprias forças para avançar na competição. Nesse cenário, espera-se que torcida e diretoria se entendam e se unam em busca do objetivo que é chegar à semifinal. O Brasil conhece a força da torcida rubro-negra e, mais uma vez, ela pode (e vai!) fazer a diferença e mostrar que aqui, o Caldeirão, é o verdadeiro inferno. Na verdade, eles já sabem.
Alexandre Mattos, mais do que dar entrevista pedindo para a galera participar, que tal convencer o chefe a deixar a festa acontecer? Nós sabemos que isso faz toda diferença, não é mesmo? E 2004 serve muito de exemplo. LIBERA A FESTA NA BAIXADA!!!
Aliás, o próprio treinador atleticano pediu, em entrevista coletiva após a partida, que o Furacão tenha 40 mil torcedores no estádio no jogo de volta! Se tem uma hora pra atender ao pedido, a hora é agora! Com diretoria e torcida unidas, ninguém vai nos segurar! Mas Athletico, por favor, LIBERA A FESTA NA BAIXADA!!!
ATUAÇÕES
Mesmo cauteloso, mesmo retranqueiro, mesmo segurando o resultado no sufoco, algumas atuações do Athletico merecem muito destaque. Os laterais Khellven e Abner marcaram muito, suaram muito e não erraram. Evitaram as jogadas de ponta do time flamenguista. Colocaram Gabrieis, Cebolinhas, Arrascaetas e Pedros no bolso. Fizeram o que mesmo? Hugo Moura e Fernandinho, leões na meia cancha, marcaram, trombaram, impediram os avanços adversários. O trio de zaga, Pedro Henrique, Nico Hernández e, principalmente, general Thiago Heleno, dominou tudo. Mas Bento, SEU BENTO, SÃO BENTO, foi O CARA da partida. Com uma atuação firme, várias defesas difíceis e um tiquinho de sorte, o arqueiro rubro-negro FECHOU O GOL e garantiu o resultado de empate que fez tanto urubuzinho chorar. Costuminho, né?
“GRITINHO DE HISTERIA”
O Flamengo saiu reclamando de um suposto pênalti em Leo Pereira. Felipão foi questionado a respeito na coletiva. Perguntou sobre os lances de Gabigol sobre Fernandinho, de Arrascaeta sobre Erick. “Eles estão reclamando de alguma coisa? É gritinho de histeria.”
SEQUÊNCIA INÓSPITA
O jogo de volta contra o rubro-negro carioca ocorre apenas no dia 17/08, na Baixada. Antes disso, o time de Felipão encara o São Paulo (em casa) pelo Brasileiro, depois Independiente (em casa) pela Libertadores, Atlético/MG (fora) pelo Brasileiro e Independiente (fora), decidindo a vaga na Liberta. Ainda, antes da partida decisiva pela Copa do Brasil, o Furacão encara o próprio Flamengo (fora), pelo Brasileirão.
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