11 out 2022 - 15h34

O clássico da não renovação

Nos últimos dias completou nove anos do penúltimo clássico Atletiba, disputado na Vila Capanema, por Campeonato Brasileiro.

Autor dos dois gols da vitória de virada sobre o Coritiba, naquele domingo, Paulo Baier terminou o clássico menos contente do que poderia. Antes de descer ao vestiário, o jogador de 38 anos disse ter tomado conhecimento de que seu vínculo com o Athletico não seria renovado.

“É um momento feliz, mas também meio triste para mim, porque fiquei sabendo que será meu último ano”

Com a declaração, a torcida do clube começou a fazer campanha exigindo que seu vínculo fosse renovado. O presidente Mario Celso Petraglia, três dias depois, em entrevista ao programa Bola da Vez da ESPN, deixou claro que não possuía essa intenção.

“O que ele ganhou pelo clube?”, afirmou, questionando que o meia não tem nenhum título com a camisa rubro-negra.

Entretanto, com a pressão da torcida nas redes sociais e durante as partidas, quando gritavam “Fica, Paulo Baier”

Antes do jogo contra o Atlético-MG, no dia 16 de outubro de 2013, o locutor da Vila Capanema anunciou a renovação, para delírio dos torcedores.

A questão, a princípio, parecia resolvida. Porém, a final da Copa do Brasil mudou esse cenário. Com atuações apáticas nas partidas contra o Flamengo, o experiente jogador irritou Petraglia, que reuniu o conselho deliberativo e decidiram pela não permanência do veterano meia.

Em entrevista a rádio Banda B, Neco Cirne representante de Paulo Baier, disse:  “Tive uma conversa com o presidente e ele passou que o Paulo está liberado pelo clube, o destino era ficar no Athletico, mas como o clube não cumpriu com a palavra, agora vamos ver onde ele vai jogar”.

De 2009 a 2013, Paulo Baier fez 192 jogos com a camisa do Athletico, tendo 96 vitórias, 45 empates e 51 derrotas, 65 gols marcados. Paulo é o 9.° maior artilheiro da história do Athletico, ao lado de Adriano Gabiru e Alex Mineiro.

[Paulo Baier – foto – reprodução]
Você pode não gostar de Paulo Baier, é seu direito. Porém, é inegável que ele foi o principal jogador do Athletico, na pior fase do clube nas últimas duas décadas – tenho para mim, que aquela fase ruim do clube seria ainda pior sem ele.



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