Quebrando os grilhões
Desde que o Athletico começou o projeto em 1995, o clube passou por diversas fases, resumindo: sanou dividas, voltou a Série A, construiu um excelente centro de treinamento. Um, dois novos Estádios, implementou categoria de base e começou formar jogadores.
Títulos: Série B em 95, Seletiva da Libertadores em 99, estaduais e o Brasileirão de 01.
Alguns dolorosos e indigestos vice-campeonato, como o Brasileiro de 2004, que possuía em seu onze titular alguns dos melhores jogadores que já vestiram o manto rubro-negro, e a Libertadores de 2005, que na mão grande foi nos tirado o direito de jogar a primeira partida da decisão em casa.
Em 2006, o clube entrou em uma fase com maior oscilação, algo que perdurou por alguns anos, atrelado a divergências internas, culminou em um rebaixamento em 2011.
Novamente o clube precisou recomeçar, eleições, saiu de cena Marcos Malucelli, voltou ainda mais ambicioso Mário Celso Petraglia.
Em 2013, o Furacão voltou a Série A, lugar de onde nunca deveria ter saído.
Agora mais estruturado, logo no primeiro ano, de volta a elite, já conseguiu fazer um excelente campeonato, terminando na terceira posição, classificação direta para a Libertadores e um vice-campeonato da Copa do Brasil.
Porém, as coisas ainda não encaixavam, novamente alguns anos ruins, 2014 e 2015…
A torcida queria títulos, almejava títulos.
Em 2016, as coisas começaram a mudar, já fazia anos que o Athletico não sabia o que era ganhar um troféu, levantar um título – ganhou!
Paulo Autuori, chegou e formou uma equipe que é pouco valorizada na história do Athletico, mas foi quem enfim quebrou os grilhões.
Fez um campeonato com relativa facilidade e nos jogos finais, uma vitória tranquila por 3×0, na Arena, e um 0x2, no Couto Pereira, assegurou aquele que na galeria de troféus foi a 23º conquista estadual do Furacão.
Com a porta aberta, mais títulos vieram:
✓ Paranaense 18
✓ Sul-Americana 18
✓ Paranaense 19
✓ Copa do Brasil 19
✓ Levain Cup 19
✓ Paranaense 20
✓ Sul-Americana 21
E alguns outros vice, mas agora não precisamos comemorar vice-campeonato – comemoramos títulos!
As vésperas de mais um Atletiba, é gostoso olhar para trás e ver o caminho percorrido, alguns acompanham o Athletico a 50 anos, outros a 30, eu acompanho a 20.
Sei que esse confronto marcou e marca várias fases, gerações em nossa história. Como esquecer o 5×1 de 1995, o soco na mesa que mudou a nossa história?
É até simbólico, que pouco antes do maior jogo da história do Furacão, o penúltimo jogo em casa envolva diretamente o adversário que mais enfrentamos em quase 100 de história.
É clássico, não é clássico, cada um vê como quiser. Na minha opinião, é história.
E, uma bela história precisa atingir a Glória Eterna.