Inoperante, Athletico é derrotado pelos reservas do Grêmio e perde invencibilidade de 7 meses na Arena
Acendeu o sinal de alerta. O Athletico recebeu o Grêmio neste sábado (27), pelo Campeonato Brasileiro, em busca da vitória para se manter na parte de cima da tabela. Depois de perder para o Bragantino, pelo Brasileirão, e para o Galo, pela Libertadores, o time de Paulo Turra buscava a reabilitação contra o Tricolor gaúcho diante de sua torcida. Mas sem contar com seu maestro Fernandinho, os comandados de Turra, que não vê deficiências no elenco e acha que o time jogou muito bem, não mostraram nenhum padrão de jogo durante os 90 minutos e foram facilmente dominados pelo adversário, que saiu na frente, sofreu o empate, voltou a marcar e evitou a virada. Inofensivo no ataque e falhando novamente no setor defensivo, o Furacão foi derrotado por 2 a 1 e perdeu uma invencibilidade que já durava 7 meses dentro de casa. Veja como foi:
Equilíbrio marcou a primeira etapa
No lance inicial da partida o Athletico quase abriu o placar. Depois de tabelar com Canobbio, Vitor Roque fica cara a cara com Adriel, tenta encobrir o goleiro gremista, mas manda por cima do gol. Aos 14′, Vina recebeu na intermediária, arriscou o chute de longe e a bola passou muito perto da meta de Bento.
Com o jogo bem disputado, o Furacão chegou novamente aos 23′, em cobrança de lateral pela direita. Madson alçou a bola para a área, a bola resvalou no zagueiro e sobrou para Erick que, meio sem querer, quase marcou. Mas foram os gaúchos que abriram o placar, contando com a sonolência da defesa rubro-negra.
Depois de quase marcar aos 26′, em chute que passou rente à trave, Cuiabano fez o primeiro aos 30′. Aproveitando a indecisão da zaga atleticana, o tricolor bateu firme da entrada da área e mandou para o fundo das redes, sem chances para o goleiro Bento. A resposta veio rápido. No contra-ataque, Vitor Roque entrou com velocidade por entre a zaga gremista e recebeu bom passe de Vitor Bueno, tocando por cobertura sobre Adriel para empatar a partida. Um golaço que deu esperança ao torcedor rubro-negro.
Mas num primeiro tempo disputado, quem levou mais perigo foi o Grêmio que, principalmente com Cuiabano, criou as melhores chances de gol. Aos 45′, Fernando cortou um chute do jogador gremista e salvou.
O eterno drama da bola parada
Depois de buscar o empate no primeiro tempo, a expectativa era que o Rubro-Negro voltasse do vestiário organizado e em busca da virada. Não foi o que aconteceu. Logo aos 3′, em escanteio, o Tricolor gaúcho aproveitou a apatia da defesa atleticana na bola aérea para marcar o segundo. Após a cobrança, Bruno Uvini superou Pedro Henrique e Thiago Heleno para, de cabeça, colocar o Grêmio novamente em vantagem no placar.
E como se tem dito, há tempos, tanto pela torcida quanto pelos próprios jogadores, não é sempre que a gente vai conseguir virar. Desta vez, não deu. Inoperante, o Athletico não conseguiu quebrar a defesa gremista e desperdiçou as poucas oportunidades criadas ao longo da partida. Aos 12′, Pablo arriscou um chute de fora da área, mas praticamente recuou para o goleiro que, sem nenhuma dificuldade, fez a defesa.
Com o Grêmio recuado, nem mesmo as alterações promovidas pelo técnico Paulo Turra conseguiram recolocar o Furacão no jogo. O Furacão só voltou a ameaçar a meta gremista aos 33′, quando o esforçado Canobbio aproveitou a sobra após cobrança de escanteio e exigiu grande defesa de Adriel. Aos 40′, Terans bateu falta de longe e mandou muito longe e, aos 42′, Khellven tentou cruzar e a bola foi na direção do gol, quase enganando o arqueiro tricolor. Aos 48′, Terans arriscou um chute de fora da área e isolou.
E ficou nisso. Sem nenhuma organização e, carente de Fernandinho para organizar o time, o Athletico foi presa fácil para o Grêmio, que quebrou a invencibilidade de mais de 7 meses e quase 20 jogos na Arena da Baixada. O Rubro-Negro chegou à terceira derrota consecutiva.
Sequência sem referência
Sem o seu principal articulador, Fernandinho, que foi colocado em campo para tentar resolver contra o Bragantino e saiu lesionado, o Furacão tem uma sequência complicada pela frente. Na próxima quarta-feira (31), a equipe enfrenta o Botafogo, no Rio de Janeiro, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Um empate basta para o Athletico avançar às quartas de final e qualquer vitória do alvinegro por um gol de diferença leva a decisão para os pênaltis. Na sequência, o Rubro-Negro encara o mesmo Botafogo no sábado (3), na Baixada, desta vez pelo Campeonato Brasileiro e, depois, recebe o Libertad na terça (6), pela Libertadores.