Marcelo Ostrowski

Empate com sabor de derrota. Infelizmente é a melhor definição para a partida de hoje.

O Athletico deu mole e perdeu a chance de encerrar um tabu de 28 anos sem vencer o time do Santos na Vila Belmiro. O gol de empate foi um verdadeiro balde de água fria para um time que mais uma vez, abdicou de jogar e foi incompetente para sustentar um resultado favorável.

Uma partida sem público, em razão de suspensão aplicada ao Santos decorrente de transtornos e invasão de campo contra o Corinthians. Situação esta que lembrou os tempos tristes da pandemia onde passamos quase dois anos apenas ouvindo as instruções dos treinadores à beira do campo, sem o pulsar das arquibancadas.

Como destaque, Marcelo Cirino entrou em campo para fazer o seu 250° jogo com a camisa do Furacão.

Vindo de ressaca na altitude de La Paz, o Athletico escalou um time alternativo ou misto, sobretudo no ataque, com o quarteto ofensivo formado por Zapelli, Cuello, Cirino e Pablo.

O primeiro tempo, apesar de menor posse de bola, foi totalmente favorável ao Furacão.

O frágil time de Paulo Turra pouco atacava, e quando o fez, não levou perigo algum.

O Athletico chegou com perigo aos 10´ com Pablo, arriscando de fora da área.

E chegou ao gol com 30´ com o mesmo Pablo, após assistência primorosa de Fernandinho. O avante atleticano recebe do lado direito e fuzila no mesmo canto do goleiro João Paulo: 1×0.

O Furacão quase faz o segundo logo em seguida. Pablo, que fez excelente partida, alça para cabeçada perigosa de Madson. O goleiro do time praiano salva.

Segundo tempo inicia da mesma forma. Athletico abdica da bola para tentar jogar nos erros do Santos. O rubro-negro paranaense encerrou a partida com 37% de posse de bola.

Num jogo em câmera lenta, o Furacão sente o cansaço e Wesley Carvalho realiza as 5 alterações ainda antes dos 28´ do segundo tempo. Alterações estas que pioram o time paranaense. Mesmo com Canobbio e Vitor Roque em campo, o time não rendeu e chamou o Peixe pra cima.

No apagar das luzes, num bate rebate na área, Thiago Heleno levanta involuntariamente o braço após bola levantada pelo atacante santista. Pênalti polêmico marcado aos 50´ do segundo tempo. Marcos Leonardo bate forte sem chances para Bento: 1×1.

O Santos tem outras chances para desempatar a partida, inclusive com gol anulado (corretamente).

O Athletico tinha uma chance real e relativamente fácil de encerrar o tabu de 28 anos sem vencer na Vila Belmiro. Mas decisões erradas do técnico Wesley, falta de atitude no segundo tempo e um pênalti duvidoso, decretaram o empate em Santos.

O Furacão volta à campo no meio de semana contra o Bolívar pela Copa Libertadores.