Quase craque, quase incansável
Nessa coluna, certas vezes, você, leitor, terá dúvidas se o assunto é sério ou não, se o craque é “craque” ou “tiriça”. A ideia é a resenha! Lembrar nomes da história rubro-negra que merecem o “Oscar da Bola Atleticana”, quer seja pelo drama, pela comédia ou, até mesmo, pelo desempenho como ator principal, esse é o Troféu Joinha!
Há pouco tempo, esse clube era o time do quase… Quase chegava, quase empolgava, quase tinha um estádio… e no meio de campo tinha um camisa 5 quase craque, quase incansável: Deivid Coquinho. Sem entrar no mérito de sua capacidade de marcação ou não, vou discorrer um pouco sobre o que vi e vivi acompanhando esse garoto com a camisa rubro negra.
Quando apenas quatro letras sempre davam a impressão de que mais um craque poderia nascer daquele parceria, o PSTC fez desembarcar no Caju o garoto Deivid Willian da Silva, volante franzino, destro, vindo do norte do Paraná. Deivid se profissionalizou em 2009, com 20 anos, e conforme diz o ditado, se você tem um jogador meia boca no elenco, uma hora ele acabará jogando… Assim foi, em 2011, acabou por virar titular, demonstrando grande força de vontade e disposição. Um volante de marcação, destruidor e só. Por dez anos foi jogador profissional no Athletico, vestiu a camisa do clube em 291 partidas. Nunca o clube conseguiu negociar o craque com ninguém…
Além do Athletico, ele defendeu posteriormente Sport, Guarani, Inter de Limeira e Vila Nova, Só comemorou sete gols marcados na carreira, todos pelo Furacão. Foi campeão só pelo Athletico, em 2016 e 2018, dois estaduais. Pendurou as chuteiras em 2022, sem clube, sem festa, sem barulho, aos 33 anos. Hoje, aos 34, desfila seu talento na suburbana local, jogando pelo Iguaçu de Santa Felicidade. É visto na arquibancada da Ligga Arena frequentemente, como um torcedor comum e teve a humildade de deixar Fernandinho vestir a camisa que já foi sua.
Algumas situações marcantes de Coquinho com a camisa do Athletico
Em 2011, fazia parte do elenco rebaixado no Brasileirão e foi incumbido de marcar Neymar na goleada sofrida em Santos, por 4 a 0, com um espetáculo do então camisa 11 praiano, que anotou os quatro gols.
Em 2013, pela Copa do Brasil, pode assistir a final de dentro do campo, em pleno Maracanã, onde o Flamengo levou o título vencendo por 2 a 0.
Em 2018, foi capitão do elenco sub-23 campeão estadual liderando aqueles jovens jogadores e fechando seu ciclo no Furacão, após o estadual. Assim o Athletico, coincidentemente, iniciou seu ciclo vitorioso em copas, conquistando o bi da Sul-americana e a Copa do Brasil.