O maior erro da gestão Paulo André no Athletico: Germán Cano
O torcedor atleticano sente um misto de tristeza e raiva quando vê ou ouve que o atacante argentino Germán Cano, hoje no Fluminense, marcou mais um gol.
Tristeza, pois o um dos melhores centroavantes que atuam no Brasil hoje (na opinião de alguns talvez O melhor), poderia estar vestindo a camisa vermelha e preta do Athletico.
Raiva, pois se lembra que o então diretor de futebol do clube na época, o ex-jogador Paulo André, não conseguiu trazer o atacante para o maior do Paraná.
Claro que houveram diversos fiascos durante a gestão de Paulo André no Athletico, mas hoje vamos focar em apenas uma delas.
Baseando-se em declarações oficiais, Paulo André relatou em uma entrevista a um podcast em março de 2021 que o motivo da não contratação do atacante foi o alto salário, próximo dos 400 mil reais mensais, que ele mesmo relatou ser “muito além” do teto salarial que o clube pagava na época.
O teto salarial do Athletico na época não era tão baixo assim para estar “muito além” da cifra de 400 mil reais. Além disso, não seria difícil negociar um valor próximo a este atrelado a metas, como gols e partidas disputadas, como é de praxe na maioria dos contratos. Tirando o fato de que o Athletico disputa a Libertadores praticamente todo ano e já estava classificado para a de 2020, sem contar ainda o fato de que o Athletico, diferente de boa parte dos times deste país, paga seus salários em dia.
Curiosidade importante: Germán Cano acionou o Vasco na justiça após a sua saída do clube por VALORES A RECEBER.
Mesmo com todos esses fatores ao seu lado, Paulo André fracassou na negociação com Germán Cano, e, como é de conhecimento geral, o atacante argentino acabou no Vasco da Gama. Que mesmo com os 21 gols do argentino em 39 jogos, acabou rebaixado para a série B naquela temporada.
Por essa sendo a versão oficial, também temos a versão não oficial que discorre por entre os torcedores do Athletico: Paulo André vetou a contratação, achou que não valia a pena.
Aparentemente, o artilheiro do campeonato colombiano, com 35 gols em 39 jogos (!), não seria o substituto ideal para a saída de Marco Ruben (que Paulo André também falhou em manter).
No mesmo podcast de 2021, Paulo André declarou que acreditava que GUILHERME BISSOLI estava pronto para assumir a camisa nove do Athletico.
Não encontrei nenhuma fonte oficial, entrevista ou qualquer declaração de Paulo André sobre o caso além de sua participação no podcast.
No entanto, existe praticamente uma “lenda urbana” entre os torcedores atleticanos de que Paulo André não via refino técnico no atacante argentino e que vinha apenas de um ano “fora da curva”.
2019, o ano “fora da curva”, foram 35 gols em 39 jogos.
2020, em seu primeiro ano no Brasil e jogando em um péssimo time do Vasco que acabou sendo rebaixado, foram 21 gols em 39 jogos.
2021, na série B em mais um péssimo time do Vasco que não conseguiu o retorno a série A, foram 22 gols em 62 jogos.
2022, sua primeira temporada no Fluminense, foram 44 gols em 70 jogos.
E na atual temporada, o argentino já conta com 31 gols em 44 jogos e está no top 10 de artilheiros do MUNDO no momento.
Paulo André é mais um exemplo de diversos profissionais que são contratados pelo Athletico e que não estão prontos para assumir tal função.
Foi a PRIMEIRA oportunidade do ex-jogador como diretor de futebol, quando assumiu o cargo ele havia se aposentado a menos de seis meses dos gramados.
O caso é de 2020, mas a fórmula segue sendo repetida até hoje…