29 ago 2023 - 12h42

O Pai de todos os pegadores de pênaltis

Nessa coluna, certas vezes, você, leitor, terá dúvidas se o assunto é sério ou não, se o craque é “craque” ou “tiriça”. A ideia é a resenha! Lembrar nomes da história rubro-negra que merecem o “Oscar da Bola Atleticana”, quer seja pelo drama, pela comédia ou, até mesmo, pelo desempenho como ator principal, esse é o Troféu Joinha!

Naqueles saudosos tempos da década de 80, a vida atleticana era Pinheirão, pão com bife, guaraná no saquinho plástico, tudo com outro sabor. Ganhar um campeonato paranaense era uma “glória eterna”, imagina você ter um ídolo para chamar de seu…

O Athletico andava sem casa, sem identidade, sem honra e sem goleiro… Roberto Costa foi fechar o gol do Vasco, Rafael foi ser campeão brasileiro no vizinho verde. Fomos buscar a reposição: Marolla, vindo do Santos, com histórico de seleções de base e até convocado por Telê Santana, no período pré-copa de 82.

Naquele tempo, o brasileiro era mais curto e no primeiro semestre, Marolla chegou, virou titular e o Furacão foi logo atropelando no estadual, erguendo a taça, sendo campeão dos dois turnos, dispensando a final geral.
Entre erros e acertos, milagres e falhas, Marolla ergueu três taças estaduais aqui: 1985, 1988 e 1990. Escorregou em alguns frangos clássicos, aliás, escorregar era meio que de praxe, para ele. Eu me recordo em 1986, pelo brasileiro, contra a Inter de Limeira, escorregou e tomou gol contra. Em alguns escanteios, costumava patinar e se atrapalhar, como na final de 1990… E em alguns pênaltis, também…

Por falar em penalidades, essa era a especialidade do cara!!! O ano era 1988, o Brasileiro se chamava Copa União, criaram uma regra que empates não existiriam mais. Todo empate se decidiria em cobranças de pênaltis. Apesar da campanha ridícula do Furacão naquele ano, em 44 ocasiões da bola na marca da cal, naquele certame, o homem buscou a pelota em 17 delas!!! O Pai de todos os pegadores de pênaltis do Athletico!

Um ídolo de nome diferente, assim como Barcímio Sicupira Junior, que carregou o nome do pai, Marolla é Fiordemundo Marolla Junior, hoje reside em Jaú, sua cidade natal, trabalha no Hospital do Câncer, faz filantropia para ajudar os necessitados, leiloando e rifando camisas de sua coleção pessoal e foi gigante aqui, mais para o bem do que para o mal…



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