Nascer, viver… mais que torcer!
Eu nasci atleticano, assim como meu pai, meu tio, minha tia. Assim como meu avô. Acredito que isso tenha ocorrido com muitas pessoas, que transmitiram o atleticanismo de geração em geração. Hoje em dia, com o crescimento do Athletico, isso está mudando um pouco. Mais e mais pessoas não nasceram atleticanas, mas se converteram em torcedores do Rubro-Negro.
Lembro que, desde pequeno, vivi o Athletico. De muita coisa não lembro, mas ouço as histórias dos meus familiares, revejo fotos e assisto aos vídeos da época em que eu mal sabia falar, mas já entoava o hino do Furacão e os cânticos da torcida. Eu vivo o Athetico desde sempre.
Falo disso nesta coluna porque, depois de resultados decepcionantes, com o time não rendendo aquilo que todo mundo esperava, meu pitaco vai para quem já jogou a toalha, deixou de ir aos jogos, passou a tratar a temporada como terminada. Meu pitaco de hoje vai para essa galera.
Como diz a música da Os Fanáticos, ser atleticano é “mais que torcer”: é nascer, viver… é apoiar até morrer. Por isso, não dá pra abandonar o barco só pela frustração de não alcançar os principais objetivos. Fazer isso não é torcer. A nação rubro-negra, que tem o “sangue forte”, é aquela que, “na boa ou na ruim”, canta “de coração, o tempo todo incentivando o Furacão”.
Se o atleticanismo é um estado de espírito, precisamos fazer com que esse pessoal que não “nasceu” rubro-negro comece a VIVER rubro-negro, entendendo que nem sempre a gente vai vencer, mas o apoio das arquibancadas nunca vai faltar.
O sentimento de luta e esperança que herdei do meu pai é o mesmo que pretendo passar para os meus filhos, pois foi vivendo o Athletico que pude, ao lado dele, comemorar as maiores conquistas da sua história. Meu pitaco de hoje, então, é pra que todo torcedor faça o mesmo e, independentemente do jogo, continue unido e cantando: “PRA CIMA ATHLETICO!”