Schumacher Gigante, o artilheiro dos três gols
Nessa coluna, certas vezes, você, leitor, terá dúvidas se o assunto é sério ou não, se o craque é “craque” ou “tiriça”. A ideia é a resenha! Lembrar nomes da história rubro-negra que merecem o “Oscar da Bola Atleticana”, quer seja pelo drama, pela comédia ou, até mesmo, pelo desempenho como ator principal, esse é o Troféu Joinha!
Essa crônica data de uma partida de 6 de agosto de 2006, pelo Brasileiro daquele ano, naquela Baixada do paredão do colégio, o adversário era o Cruzeiro. Nesse jogo, levei meu cunhado e minha sobrinha, ainda criança, Duda. O jogo foi uma loucura, depois de o Cruzeiro empatar já no fim da segunda etapa, o Athletico, ainda sem h, venceu por 5 a 4, com gol do nosso personagem, o craque Schumacher, aos 45´ do segundo tempo, num rebote de escanteio.
Schumacher era um avante trombador, natural de Curitiba, com mais de 1,90, ainda desconhecido, recém-saído da base. Era reserva de Finazzi, já veterano, que nesse dia, diga-se de passagem, meteu três gols. Nesse dia ele foi decisivo, o gol dele garantiu a vitória, a sexta em oito jogos, naquela sequência do campeonato.
Schumacher é o típico personagem folclórico, muitos acham que poderia ter rendido muito no Furacão, outros acham que era um perna de pau de sorte. Impossível afirmar tanto um quanto outro. O garoto loiro, com apelido do piloto heptacampeão de Fórmula 1, recebeu a alcunha por conta de outro atleta alemão, o goleiro das copas de 1982 e 1986. Sim, goleiro!!! Schumacher era goleiro de futsal e pela semelhança física recebeu o apelido. Ele fez apenas 11 partidas pelo Athletico, anotando três gols. Saiu cedo do Furacão, Jogou por dez anos na Europa, passando por Itália, Espanha, França, Áustria, Ucrânia e Portugal. Uma bela carreira profissional, encerrada esse ano, no campeonato paranaense, jogando pelo Operário, onde aposentou-se aos 36 anos. No Fantasma foi ídolo, estava desde 2016 em Ponta Grossa, e foi campeão da Série D e C, por lá.
Nesse breve passagem pelo profissional do Athletico, para mim, o feito mais importante de Schumacher foi transformar minha sobrinha na torcedora que é até hoje, proporcionando um momento mágico àquela criança de apenas 5 anos, que vibrou loucamente. Schumacher deixou, também nesse dia, a dúvida plantada em muitas mentes atleticanas se ele seria um novo matador ou não, e ali, fez brotar na Duda o atleticanismo de que tanto falamos que anda meio que em extinção…
Parabéns, Schumacher, pela sua bela carreira e obrigado por proporcionar esse grande momento.