26 set 2023 - 19h01

Quantos gols de nuca você já viu?

Nessa coluna, certas vezes, você, leitor, terá dúvidas se o assunto é sério ou não, se o craque é “craque” ou “tiriça”. A ideia é a resenha! Lembrar nomes da história rubro-negra que merecem o “Oscar da Bola Atleticana”, quer seja pelo drama, pela comédia ou, até mesmo, pelo desempenho como ator principal, esse é o Troféu Joinha!

Em outros tempos, muito antes de Vitor Roque, Marco Ruben, Pablo, Alex, Kleber, Ilan, Lucas, Oséas, nossos 9 eram de uma outra estirpe… Assim era Manguinha, um avante loiro, brigador, pouco técnico, mas com faro de gol e “mullets”, aquele cabelo comprido que cobre a nuca, típico dos anos 80 e 90…

Edson Aparecido Acedo, o vulgo Manguinha, revelado pelo Guarani, nos anos 70, sendo inclusive campeão brasileiro de 1978, tendo jogado com inúmeras feras no auge: Sergio Neri, Renato, Zenon, Neto, Careca, João Paulo, entre outros, depois campeão paulista em 1986 pela Inter de Limeira, ao lado de Kita, Gilberto Costa, Tato, Lê, Miranda… Chegou no Furacão em 1987, já com 30 anos, como era praxe, naqueles tempos, jogador bom só vinha para cá, veterano.

Num bate-papo com o jornalista e escritor rubro-negro, Flavio Jacobsen, da Cultura930, lembramos de fatos inusitados do craque. Primeiro, com Carlinhos Sabiá numa ponta (inclusive, sobre o qual já escrevi aqui), e Serginho na outra, qualquer centroavante razoável guardaria seus gols, assim foi no título de 1988, com gol do próprio. E o fantástico Atlético-PR 3 x 0 Vitória, pelo Torneio da Morte do Brasileiro de 1989, jogo em que Manguinha sofreu pênalti, perdeu a cobrança, guardou um gol de nuca e ainda consolou o goleiro pela reposição de bola errada no lance que originou o gol!!!

Você pode conferir no link a seguir:

No Furacão, Manguinha, como ao longo de toda a sua carreira, teve companheiros de bom nível técnico como: Roberto Costa, Adilson Batista, Marcão, Carlinhos Sabiá, Pedrinho Maradona e Renato Sá, em 1987, No ano seguinte, alguns seguiram e ainda foram acrescentados Cacau, Marola, Odemilson, Oliveira, Serginho e o “selecionável” volante Valdir. Em 1989, Heraldo e Marquinhos Benatto foram destaques técnicos ao lado de Manguinha.

A última referência profissional do craque, encontrada na pesquisa dessa coluna, dava conta de que Manguinha estava em Bragança Paulista, trabalhando com formação de atletas em seu próprio centro de treinamento.

Manguinha foi muito ídolo, aqui. Merece um Joinha só dele!!!



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