Vencer
Eu reescrevi minha coluna várias vezes essa semana. Tentei contar histórias, relembrar momentos, exaltar conquistas, gols, lances. Tentei trazer o clima do Athletiba que o torcedor viverá no domingo para as palavras digitadas no computador nessa sexta feira, mas não consigo. Ansiedade é a palavra que define.
Eu vejo muito por aí, especialmente na internet, torcedores rubro negros diminuindo o rival à ponto de colocar a própria rivalidade à prova. Entendo a ideia, mas reprovo veementemente. A rivalidade estará viva sempre, não importa o que aconteça. Pessoalmente, entendo que é algo intrínseco aos dois clubes e nada pode ser feito para mudar isso.
Ora, mas o Furacão vive um momento muito diferente, vencendo taças importantes e conquistando resultados expressivos, dentro e fora de campo. Enquanto isso, o rival amarga anos complicados de resultados catastróficos e dívidas cada vez maiores. O Athletico busca uma SAF pra alcançar glórias ainda maiores, e o Coritiba buscou a SAF como uma salvação.
No fim das contas, nada disso importa. Dentro do campo não entram troféus. Não entram dívidas, não entra superávit. Dentro de campo só entra garra e determinação. Raça. Vontade de vencer. Nós falamos muito em “vencer e convencer” e eu realmente acho que isso seja importante no longo prazo, especialmente buscando nossos objetivos de taças e glórias. Mas domingo, no gramado do Couto Pereira, isso é completamente irrelevante. É preciso vencer de qualquer forma.
Seja de goleada ou pelo placar mínimo. Com golaço ou gol contra. com onze ou oito em campo. Com gol de placa ou gol de mão. Apenas a vitória interessa.