Morto mesmo foi o Athletico: em dia de provocação, Rubro-Negro joga mal e ressuscita o rival
O Athletico fez uma partida ridícula diante do lanterna Coritiba neste domingo (1), deixando mais uma vez escapar a chance de figurar entre os líderes do Brasileirão e, de quebra, dando ânimo ao rival na briga contra o rebaixamento. Com gols de Victor Luis e Slimani, o alviverde venceu por 2 a 0 no Couto e encerrou a série histórica de derrotas justamente contra o Rubro-Negro que, apático como seu pseudotreinador, não fez por merecer coisa melhor. O resultado deixa o time de Wesley Carvalho em 8º lugar, fora da zona de classificação até mesmo para a pré-Libertadores.
Cheio de graça antes do jogo, o Athletico chegou a publicar em suas redes sociais um vídeo provocando o Coritiba, mostrando o estádio vazio e o cemitério que ladeia o Couto Pereira, em clara alusão à péssima campanha do alviverde no certame. Esqueceu que futebol se resolve dentro de campo e que, no 11 contra 11, vence quem tem mais vontade. Depois, apagou a publicação… mas o vexame foi pouco perto da soberba.
Ninguém jogou nada!
Não se pode tirar o mérito do Coritiba, que levou a partida a sério e entrou como todo time deveria entrar num clássico: com gana de vencer. Entretanto, o Athletico foi apático em todos os setores e não conseguiu encaixar o jogo, apesar de manter uma posse de bola estéril e inútil. Com falhas no setor defensivo, o Rubro-Negro levou um susto logo aos 4′, quando Diogo Oliveira saiu na cara do gol, mas errou a finalização. Esperto, o alviverde abria mão da posse de bola para jogar no erro do adversário. E deu certo. Depois de chegar novamente aos 6′, com Henrique cabeceando pra fora em cobrança de falta, o Coxa apareceu novamente no ataque aos 11′, com Sebastián Gómez, que foi derrubado por um estabanado Cacá na entrada da área. Na cobrança, Victor Luis bateu colocado e Bento, mal posicionado, não chegou na bola. Coritiba 1 a 0.
E a partida seguiu com a mesma dinâmica, com os donos da casa administrando a vantagem enquanto o Athletico errava muito. Zapelli não acertou nada, Willian Bigode inoperante e até Fernandinho errando passes que não costuma errar. No setor defensivo, Cacá e Thiago Heleno seguiram batendo cabeça enquanto os laterais Esquivel e Bruno Peres apoiavam mal e defendiam pior. Um horror. O único a ainda tentar alguma coisa era o aniversariante Canobbio que, todavia, não conseguiu levar perigo real à meta do limitado arqueiro Gabriel. Já nos acréscimos da etapa inicial, após cobrança de (mais uma) falta, Slimani venceu a disputa com Thiago Heleno e, de cabeça, tocou no cantinho de Bento para ampliar a vantagem alviverde: 2 a 0.
Correndo atrás do rabo…
Tentando corrigir as falhas da primeira etapa, o (ainda) técnico interino do Athletico promoveu alterações para o segundo tempo. Tirou Bigode para a entrada de Rômulo e pôs Cuello no lugar de Bruno Peres, deslocando Erick para a lateral. Inteligentemente, porém, o treinador do rival orientou sua equipe a segurar o jogo. Assim, o Rubro-Negro teve a bola na segunda etapa, mas pouco produziu em termos ofensivos. O melhor lance do Furacão na partida ocorreu aos 22′, quando Rômulo acertou uma bicicleta após cruzamento de Zapelli e exigiu grande defesa de Gabriel. Fora isso, Canobbio e Cuello chegaram a tentar finalizar, mas sem perigo. E o Athletico ainda sofreu mais um gol, de Fransérgio, corretamente anulado pela arbitragem.
Sem conseguir mudar o panorama do jogo, Wesley se viu correndo atrás do rabo diante da ineficácia do seu esquema tático e da pouca inspiração dos atletas em campo. Quando o árbitro apitou o fim da partida, ninguém conseguiu achar o resultado injusto. Venceu quem levou o clássico mais a sério, quem entrou para jogar e acreditou que não se ganha com posts em redes sociais, mas com a bola rolando. Venceu o Coritiba, escancarando mais uma vez a fragilidade de um time que, se não tomar cuidado, vai acabar jogando mais uma temporada no lixo: a do ano do centenário.
ACORDA, FURACÃO!