Marcelo Ostrowski

Apatia… Finalmente o sentimento presente nos jogadores e na direção do Athletico também tomou conta de mim, e pelo visto, de uma boa parte dos torcedores atleticanos nesta reta final de 2023.

Nem falo pela perda do Atletiba. Clássico é clássico, tudo pode acontecer. O mais fragilizado ganha forças na rivalidade e iguala a partida na vontade, tem um efeito psicológico, etc. etc – tudo isso já estamos carecas de saber.

E nem é a derrota pros verdes que me deixa mais p… da cara. Há pelo menos 20 anos assumimos o total protagonismo do estado, e ao observar a tabela de classificação, vemos que estes coitados estão à beira do sétimo rebaixamento, ostentando mais uma vez a lanterna da competição e a pecha de vergonha do Estado do Paraná.

O que me deixa ensandecido é o desprezo (do “técnico” e dos nossos jogadores) com relação ao clássico, com relação aos 3 pontos, com relação ao Brasileiro, a uma possível qualificação para a Copa Libertadores.

Entraram e saíram de forma apática, desinteressada, irresponsável. Duvido que alguma camisa ali estivesse razoavelmente suada ao término da partida. Perder ou ganhar não faz mais diferença para este grupo.

E é fácil perceber o porquê: o Athletico virou uma bagunça, uma esbórnia, um clube sem comando desde o afastamento do presidente Mário Celso Petraglia.

Quem manda no futebol? Alexandre Mattos? Márcio Lara? Quem faz a função de Felipão desde que o mesmo saiu?

Não há quem cobre empenho. Não há quem fique puto por termos sido humilhados pelo lanterna do campeonato, quando estávamos brigando por G-4. Não há quem bata com o pau na mesa no SPA, digo CAT do Caju pra fazer a coisa funcionar.

Não há quem minimamente enxergue a limitação deste infeliz chamado Wesley Carvalho, à frente do comando do time. Não há quem o conteste, o cobre, o coloque metas, targets, objetivos…

Não há quem questione o porquê da escalação de um lateral direita que estava quase 6 meses sem jogar, com sobrepeso e falta total de ritmo de jogo…

Cada entrevista coletiva deste Wesley é um ESCÁRNIO, uma tiração de sarro, uma entrega de atestado de PALHAÇOS aos torcedores e ao próprio clube. E ele segue. Segue “prestigiado”, segue brincando de Football Manager com escalações e substituições esdrúxulas onde não se enxerga o básico.

É a tentativa e erro. O “se der, deu, se não der f***-se”, é a Escolinha de Treinador com prazo de validade máximo a um dos seus aprendizes. Até que ele jogue no lixo toda a preparação do ano de 2024, Centenário do Club Athletico Paranaense.

E há quem o defenda! Pasmem, senhores, há defensores do trabalho ridículo do Sr. Wesley Carvalho permeando a internet, o “X” (Ex-Twitter), canais de YouTube e outras mídias. Pelo jeito, pra esta galera tá bom como está. E eu sinceramente gostaria de entender de qual espécie de cogumelo é o chá que estes “influencers” andam tomando.

Por isso que o meu sentimento não pode ser outro, senão a APATIA. Igualzinha à dos jogadores.

Desisto. Assistir a uma partida do Athletico é um exercício de paciência. Um teste pra ver se o Zolpidem ou o Rivotril fazem efeito. Um evento pra averiguar se o diploma do psicólogo ou do terapeuta realmente fez jus ao tempo de faculdade.

O Athletico está sem rumo. Lamentavelmente sem rumo.

Será que tem alguém preocupado com Libertadores, ou vamos tentar o tri da Sul Americana em 2024?

Existe alguém olhando pra planejamento neste club???

Acho que não. Acho que por lá também reina a APATIA. Também estão nem aí…

Lembro-me daquele jogo contra o América-MG (creio que pelo Sul-Minas), em que Mário Celso Petraglia adentrou aos vestiários e pessoalmente foi cobrar técnico e jogadores. E olhe, naquela época o elenco não era nem perto do que temos hoje.

Que falta faz o Petraglia no dia a dia deste clube!!!!