Pablo Felipe e a última dança
Não é de hoje que a torcida clama por encerrar ciclos. Alguns, inclusive, já haviam encerrado e foram reiniciados, como o caso do atacante Marcelo Cirino. Com o time rendendo pouco e as esperanças de voos mais altos no ano do centenário ficando cada vez mais longe, o coro volta a ganhar forças e os jogadores mais experientes do elenco viram alvos.
Falarei exclusivamente de Pablo hoje. Atacante de 31 anos, mais de 200 jogos e mais de 50 gols pelo Furacão, artilheiro e campeão da Sulamericana em 2018 e ídolo da torcida. Currículo interessante, não é?
Não acho que Pablo deva ser nosso titular no centenário. Talvez nem o reserva direto. Mas acredito que ele possa ser muito importante na temporada, especialmente se tratado como terceiro atacante do elenco. Em um ano disputando vários campeonatos (estadual, Brasieirão, Copa do Brasil e um continental, seja Sulamericana ou Libertadores), precisamos de um elenco grande e acredito que ele tenha o perfil para corresponder quando for necessário.
Vice artilheiro do time na temporada com 13 gols, ele está atrás apenas de Vitor Roque, talvez a maior promessa do futebol brasileiro. Não dá pra comparar um ao outro e eu não vou perder tempo com isso, mas os números mostram a importância dele para o elenco. Com a lesão do Tigrinho, Pablo voltou a ter chances como titular e, na última rodada, garantiu o empate com o Bragantino, vice colocado do Brasileirão.
Agora, tem algo que eu considero até mais importante, as vezes, que números. Futebol é muito mais que isso. Pablo tem identificação com o Furacão, apesar dos momentos recentes estarem conturbados. O atacante quis voltar ao Athletico após a passagem pelo São Paulo e sempre mostrou respeito à instituição e à torcida.
Depender exclusivamente de Pablo como 9 no ano do centenário não é uma escolha inteligente. Mas entender sua importância pode fazer a diferença no longo prazo.