G4? Quero, não! Athletico volta a desperdiçar pontos em casa e vê Libertadores cada vez mais distante em 2024
O Athletico entrou em campo neste domingo (29), na Ligga Arena, com a missão de vencer o São Paulo, um dos maiores fregueses da história da Baixada, para alcançar o G4 e se manter firme na briga por uma vaga na Libertadores 24. Com gol de Pablo, o Rubro-Negro saiu na frente logo no início, mas cedeu o empate em seguida e não foi capaz de superar a retranca armada por Dorival Junior. Se é bem verdade que não correu riscos, o time de Wesley Carvalho também não demonstrou nenhuma capacidade de envolver o adversário e buscar a vitória, tão importante na briga pela parte de cima da tabela.
Depois do 6º empate dentro de casa sob o comando de Wesley Carvalho, o Athletico caiu para a 7ª posição na tabela e, agora, precisa conquistar resultados e torcer por tropeços dos adversários diretos. A péssima arbitragem também colaborou com a cera são paulina, mas a realidade é que o Furacão, outra vez, mostrou muita correria e pouca eficiência, aceitou a marcação adversária e deixou escapar pontos preciosos dentro de casa.
Placar definido nas duas primeiras finalizações
O resultado da partida foi definido em menos de 10 minutos. Aos 6′, Vitor Bueno tabelou na direita e cruzou para Pablo, de cabeça, abrir o placar: Furacão 1 a 0. Mas a alegria rubro-negra durou pouco. Minutos depois, em cobrança de escanteio, Pablo Maia subiu sozinho e testou para o fundo das redes, empatando o jogo aos 9′. Depois disso, o jogo seguiu cadenciado, com as duas equipes tentando manter a posse de bola, mas sem muita ofensividade. Apesar de finalizar muito, o Athletico não chegou a levar perigo real à meta de Rafael.
O destaque negativo, principalmente na primeira etapa, foi a arbitragem. Foram muitas faltas invertidas, cartões não aplicados, ou mal aplicados e reclamações veementes de ambos os lados. Ao apitar o fim do primeiro tempo, Rafael Klein foi bastante vaiado na Ligga Arena.
Ataque contra defesa e poucas emoções na etapa final
Já no segundo tempo, o São Paulo parecia contente com o empate e passou a cadenciar ainda mais o jogo, abusando da cera e enrolando o máximo possível. Com uma postura conivente da arbitragem e a pouca inspiração do Athletico, não foi difícil para o Tricolor segurar o resultado até o fim. Apesar do domínio territorial, o time de Wesley Carvalho não tinha oportunidades claras de gol e esbarrava na marcação são paulina. As poucas oportunidades criadas foram desperdiçadas por Canobbio e Erick que, precipitadamente, isolaram.
Durante toda a etapa final, o único lance que merece destaque ocorreu aos 6′, quando Canobbio brigou pela bola, evitou que saísse pela linha de fundo e conseguiu finalizar, exigindo boa defesa do arqueiro tricolor. Fora isso, nada. Nem mesmo as mexidas tardias, promovidas por Wesley Carvalho somente a partir dos 34′, foram capazes de melhorar o desempenho da equipe. O interino tirou Zapelli para a entrada de Rômulo e, no finalzinho, desmanchou o meio para colocar Arriagada no lugar de Hugo Moura. Não resultou em nada e o Rubro-Negro sequer levou perigo à meta do adversário que, satisfeito, deixou o tempo passar para comemorar o empate.
Já classificado para a Libertadores pela conquista da Copa do Brasil, o São Paulo pode comemorar o ponto conquistado fora de casa. Tropeçando toda vez que tem a chance de se firmar no G4, ao Athletico resta lamentar mais dois pontos perdidos na Ligga Arena.
E agora?
Mais uma vez, o Athletico deixa escapar em casa a chance de encaminhar a vaga para a tão sonhada Libertadores no ano do centenário. Cada vez mais perto do fim do certame, o Rubro-Negro ocupa a 7ª posição e tem à sua frente times com menos jogos e mais pontos (casos de Botafogo, Bragantino e Flamengo). Em 8º, o Fluminense tem 45 pontos e, se perder a final da Liberta para o Boca, torna-se mais um concorrente. Além disso, com duas partidas a menos, o Fortaleza deve entrar na briga por uma vaga na maior competição do continente e vem logo atrás, na 9ª posição, com 42.
Na reta final do Brasileiro, o Rubro-Negro tem alguns confrontos diretos e apenas duas partidas dentro de casa, ambas em meio de semana. Sendo assim, o Furacão vai ter que buscar fora os pontos que deixou de conquistar na Ligga Arena se quiser disputar a Glória Eterna no ano do centenário.
Os duelos do Athletico até o fim do Brasileirão são os seguintes: Corinthians (F), Palmeiras (F), Fortaleza (C), Bahia (F), Cruzeiro (F), Santos (C) e Cuiabá (F).
Vai ter que ser na raça.