Leandro Saboia

Em partida válida pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Athletico enfrentou o Palmeiras neste sábado (4), na Arena Barueri, e amargou mais uma derrota na competição.

Depois de sofrer um gol logo no início do jogo, o time de Wesley Carvalho não conseguiu reagir e permanece estagnado, fora do G6, a seis rodadas do fim do certame.

De quebra, o treinador interino terá desfalques para o próximo confronto, contra o Fortaleza, na quarta (8): Esquivel e Cacá receberam o terceiro cartão amarelo e estão suspensos, enquanto Pablo saiu machucado ainda no primeiro tempo e Kaíque Rocha sentiu uma lesão e foi substituído na segunda etapa.

Gol relâmpago decreta a derrota

O Athletico viu a chance de voltar à zona de classificação para a Libertadores escapar logo aos 5’ de partida: Raphael Veiga deixou Endrick na cara do gol e a joia palmeirense, com categoria, tocou por cima de Bento para marcar o gol da partida.

Em desvantagem, o Rubro-Negro até mantinha a posse de bola, mas sem conseguir criar boas chances de gol. E, aos 19’, Pablo saiu machucado para a entrada de Arriagada. A primeira chegada mais incisiva do Athletico aconteceu pouco tempo depois, quando Vitor Bueno arriscou o chute de fora da aérea, a bola desviou e saiu à direita de Weverton. No escanteio, Thiago Heleno subiu bem e testou por sobre a meta.

Fernandinho e Zapelli também receberam em boas condições de marcar, mas erraram nas finalizações. Já o Palmeiras apenas administrava o resultado, sem levar perigo à meta de Bento, até que, aos 45’, Zé Rafael aproveitou a sobra e bateu para o gol, mas mandou para fora. Já nos acréscimos, o goleiro atleticano teve que fazer uma defesaça para evitar que o alviverde ampliasse o placar.

Sem reação em jogo morno na etapa final

Para o segundo tempo, Wesley Carvalho promoveu a entrada de Alex Santana no lugar de Erick, mas a mudança não teve um grande efeito no time. Errando muitos passes, ambas as equipes tinham dificuldade em manter a posse de bola, fazendo com que o jogo ficasse truncado e concentrado na meia cancha.

Aos 10’, Kaíque Rocha sentiu lesão e pediu troca, dando lugar a Romulo. Carvalho já aproveitou e sacou Zapelli para a entrada de Christian que, recuperado de lesão, enfim reestreou pelo Athletico. Minutos depois, Vitor Bueno recebeu na entrada da área e bateu forte. A bola passou perto, mas foi para fora.

A resposta palmeirense veio aos 18’, com Breno Lopes, que mesmo desequilibrado conseguiu fazer o arremate e levou perigo à meta de Bento. Aos 20’ foi a vez de Alex Santana arriscar o chute, mas também mandou para fora.

Depois disso, o Athletico não criou mais nada e o Palmeiras teve outras duas boas chances de ampliar a vantagem: aos 24’, a defesa rubro-negra bateu cabeça e a bola sobrou para Breno Lopes, que errou o chute.

Aos 33’, Wesley tirou Vitor Bueno, melhor jogador do Furacão na partida, e colocou Bigode. Não surtiu nenhum efeito. E aos 35’, Piquerez saiu lá de trás, cruzou todo o campo, invadiu a área atleticana e bateu pra fora.

Seis decisões na briga pela Libertadores

Com mais uma derrota, o Rubro-Negro perde a chance de voltar à zona de classificação para a Libertadores e permanece estagnado com 49 pontos, em 7°.

Apesar de não poder ser alcançado por nenhum adversário nesta rodada, o Furacão pode ver a distância para o G6 aumentar: com dois jogos a menos, o Flamengo está em 6°, com 50, mesma pontuação do Galo, em 5°. Também com dois jogos a menos, o Bragantino ocupa a 4ª posição, com 55, logo atrás do Grêmio, com 56. Empatados com 59 pontos, Palmeiras e Botafogo ocupam, respectivamente, a 2ª e 1ª colocação: além de terem dois jogos a menos, os cariocas levam vantagem nos critérios de desempate.

Nesse cenário, o Athletico precisa de uma reação imediata, parar de desperdiçar pontos em casa e buscar vitórias fora se quiser alcançar a vaga na Libertadores no ano do centenário. O próximo confronto é na Ligga Arena, contra o Fortaleza, outro concorrente direto. Depois, o time de Wesley Carvalho visita o Bahia, recebe o Vasco, encara o Cruzeiro fora, pega o Santos em casa e encerra a temporada contra o Cuiabá, fora.

Serão seis decisões contra times que, ou estão na briga direta com o próprio Athletico por uma vaga na Liberta, ou lutam desesperadamente contra o rebaixamento. Não vai ter moleza!