8 dez 2023 - 0h08

Os números do estagiário Wesley Carvalho no comando do Athletico

O ano de 2023 era de grande potencial para o rubro-negro. O vice da libertadores e a boa campanha no campeonato brasileiro empolgava pois praticamente o mesmo elenco foi mantido. Faltavam algumas contratações pontuais que não foram feitas. As lacunas do ano passado não foram preenchidas, mas ao pelo menos bons nomes foram mantidos.

O goleiro Bento, que teve a sua primeira convocação para a seleção em 2023, foi mantido. Fernandinho, o maestro do meio de campo atleticano, também foi mantido. O motor do nosso ataque, o jovem Vitor Roque que foi vendido ao Barcelona no meio da temporada, também foi mantido.

Mas tudo começou a desandar quando mais uma vez o Athletico insistiu no mesmo erro que comete todos os anos, entregar o comando da equipe na mão de técnicos desconhecidos e inexperientes.

Entre tantos Bob Fernandes, Fabiano Soares e Leandro Niehues da vida, esse ano foi, de fato, o ano oficial do estagiário no CAP.

No final do ano passado Felipão anunciou sua aposentadoria e colocou o seu pupilo no comando. Paulo Turra com a chancela de Felipão gastou o elenco principal para ser campeão estadual, de maneira invicta vale destacar, para força ao trabalho que se iniciava.

O futebol era mais ou menos, mas mantinha muito da escola Felipão: o futebol não era dos mais bonitos, mas era efetivo. O Athletico jogava feio, mas ganhava na maioria das vezes.

A confiança no trabalho de Turra era tanta que assim que Felipão aceitou a proposta para voltar a ser treinador no xará mineiro Paulo Turra foi imediatamente desligado do comando.

Para o lugar dele? Mais um estagiário treinando o elenco mais caro da história do Furacão: Wesley Carvalho.

Dessa vez o pupilo era do diretor Alexandre Mattos, que trouxe exatamente o tipo de técnico ridículo que o Athletico adora apostar: inexperiente, desconhecido e o mais importante para Mário Celso Petraglia, BARATO. Afinal, técnico não faz muita diferença, o que importa mesmo são os jogadores, na visão do nosso presidente.

Wesley Carvalho não só teve números ridículos com o que era o ATUAL VICE-CAMPEÃO DA AMÉRICA como também conseguiu bater o recorde de empates que o rubro-negro tinha em apenas uma edição de campeonato brasileiro.

Ao todo foram 33 jogos: 11 vitórias, 13 (TREZE) empates (sendo OITO deles em casa) e 9 derrotas. 44 gols feitos e 37 sofridos. Em apenas OITO jogos o Athletico não sofreu gol.

Esses números resultam em um aproveitamento de 46%, que foi o mesmo que o São Paulo teve e ficou em 11º lugar. Isso que o São Paulo foi campeão da Copa do Brasil, poupou jogadores em várias partidas e ainda praticamente tirou o resto do ano de férias após o título. Fortaleza 10º teve 47% e também passou por situação parecida com a do São Paulo, pois poupou jogadores em vários duelos em função da Copa Sul-Americana, da qual foi vice-campeão. Cuiabá, 12º, teve 44% de aproveitamento.

Ou seja, o estagiário dois do ano teve um aproveitamento de meio de tabela com o que era o atual vice-campeão da América.

Não obstante, vale o destaque para as duas eliminações sofridas no ano sob o comando do estagiário Wesley Carvalho: diante do Bolívar (que nunca havia eliminado uma equipe brasileira) na Libertadores e para o pior Flamengo dos últimos anos na Copa do Brasil.

Libertadores – 3 jogos – 2 vitórias e 1 derrota

O Athletico foi eliminado por um time da Bolívia nas oitavas de final da Copa Libertadores. Tirando a brincadeira que foi escalar Thiago Andrade de titular na altitude ainda fomos obrigados a assistir uma eliminação medonha nos pênaltis, após o estagiário sentar em cima do resultado quando estava 2 a 0 contra o péssimo time do Bolívar. Cereja do bolo: o estagiário só fez duas alterações das cinco possíveis.

Copa do Brasil – 2 jogos – 2 derrotas

Mais uma apresentação ridícula fora de casa. Isso que o Athletico ainda saiu na frente no jogo de ida no Maracanã .

Na volta, talvez o único jogo decente do estagiário, bolas na trave, falta de capricho nas finalizações, azar. Além de ruim, o tal do Wesley Carvalho é azarado. Afinal, a sorte costuma perseguir os bons.

Brasileiro – 28 jogos – 9 vitórias, 13 empates e 6 derrotas

Além da quantidade bisonha de empates, sendo que oito deles foram dentro da Arena da Baixada, o estagiário Wesley Carvalho conseguiu o parecia impossível: perder para o pior Coritiba dos últimos tempos.

Rival praticamente rebaixado na VIGÉSIMA QUINTA rodada do campeonato. A pior defesa da competição naquele momento. Vindo de OITO DERROTAS SEGUIDAS.

Wesley Carvalho e seus coringas conseguiram o impossível, perder de 2 a 0 para uma equipe que terminou na vice lanterna do campeonato brasileiro. Um absoluto vexame.

A decisão da diretoria de ter colocado e mantido este incapaz no comando do Athletico é a razão de estarmos fora da Copa Libertadores em 2024, no ano de nosso centenário. Se o Athletico tivesse somado ao menos mais 7 pontos estaria no mínimo na pré-Libertadores. Mais 11, garantiria vaga no G4.

Wesley Carvalho praticou o pior futebol que eu vi o Athletico jogar desde o rebaixamento. O elenco que caiu em 2011 não era tão ruim, mal treinado ou preguiçoso como é esse time deste estagiário. O festival de bagres que conseguiram o acesso em 2012 também não era horrível assim também.

Se o futebol praticado irritava o torcedor, as coletivas depois da partida eram tão ruins quanto, se não piores. Desde a pérola do “eu sei que eu sou bom”, ou então o absoluto descaso com as categorias do base do clube até as declarações em que se eximia de qualquer culpa “técnico não entra em campo”, “técnico tem só 30% de culpa, o restante é com os jogadores”. Errou y errou no comando do Athletico de todas as maneiras possíveis.

Pelo amor de Jesus Cristo, que finalmente sirva de lição e o nosso eterno presidente Petraglia traga um técnico de verdade para a temporada do ano que vem.

Foi muito desgastante e desanimador acompanhar este Athletico de 2023. Que 2024 voltemos ao rumo das conquistas.



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