Markinhus Silveira

Na manhã de ontem, o Furacão enfim anunciou aos seus torcedores o tão esperado camisa 9 para o ano do Centenário.

Cercado de expectativas, o uruguaio Gonzalo Mastriani assinou contrato, vestiu a camisa e concedeu entrevista às plataformas do clube. Com a chegada do “homem gol” o Athletico chega a sete contratações confirmadas para o ano mais importante de sua história.
E essa contratação, em específico, se trata da melhor e quiçá a maior contratação de um camisa 9 no que diz respeito a números recentes, ao menos para esse ilustre torcedor que vos escreve.

Durante o período de 1998-2024 dezenas de artilheiros vestiram a camisa do Rubro-Negro, contudo nenhum desses atletas chegou com tamanha expectativa no que diz respeito aquilo que realmente importa para um artilheiro, ou seja, marcar gols.

No penúltimo ano dos anos 90, mais precisamente em 1998, o Furacão apresentou o centroavante Lucas, um jovem e promissor camisa 9 que já demonstrava qualidade na equipe do Botafogo-SP, contudo não tinha vestido ainda uma camisa pesada e tão pouco jogado em um nível de competitividade acima.

No ano do título brasileiro de 2001, o Furacão teve em seu comando de ataque Alex Mineiro e Kleber Pereira. A dupla que escreveu seu nome na história do clube e que foi responsável direta pelos gols que deram a única estrela dourada do Rubro-Negro, antes da consagração, tinha jogado por América-MG e Moto Clube-MA, respectivamente, e eram apostas para aquele ano.

O ano era 2004 e, no último campeonato de pontos corridos com mais de 20 equipes, Washington foi o artilheiro com 34 gols, uma estatística que é um recorde na história dos pontos corridos com 46 rodadas. Contudo, devido a questões de problemas cardíacos, o “coração valente” de fato era uma aposta, afinal era dado como impossibilitado para a prática do futebol, mas com todo o amparo e estrutura do clube, o centroavante recuperou-se e conseguiu retornar aos gramados.

Em 2008 o Athletico contratou Rafael Moura, o centroavante que tinha feito um segundo semestre de 2007 muito ruim no Lorient (FRA), chegou ao Furacão para tentar resgatar os bons momentos que teve antes de sua curta passagem pelo futebol europeu. Naquele ano “He-Man” foi importante para ajudar a equipe a fugir do rebaixamento no campeonato brasileiro.

Após um ano jogando a segunda divisão do certame nacional, em 2013 o Furacão retornava à série A e, além de ficar em terceiro lugar, teria o baixinho Ederson como artilheiro da competição. Contudo, assim como tantos atletas, o centroavante viria para o Athletico desacreditado e após alguns empréstimos sem brilho a outras equipes.

No ano de 2015 o Furacão teve como comandante do sistema ofensivo, o simpático e excelente Walter. Após ser comprado pelo Porto (POR) junto ao Internacional, o talentoso centroavante foi emprestado ao time do Goiás e após desempenhar em altíssimo nível no time goiano foi emprestado ao Fluminense, onde não conseguiu mostrar seu melhor futebol. Em sua chegada ao Athletico a expectativa era que “Waltinho”, pudesse resgatar o bom futebol que já tinha demonstrado em outros momentos.

Antes de iniciar a temporada propriamente dita de 2019, o Rubro-Negro apresentaria como o seu camisa 9, o centroavante argentino Marco Ruben, que havia sido revelado pelo Rosário Central e teria passagens discretas pela Europa e pelo México. Após esse período, o centroavante retornou ao time de Santa Fé, onde foi vice artilheiro da Libertadores da América de 2016, e permaneceu durante mais dois anos, porém sem ter o mesmo desempenho. Foi de fato no Furacão que Ruben voltou a jogar seu bom futebol, e ser importantíssimo principalmente na conquista da Copa do Brasil daquele ano.

No ano de 2022, sobre a “batuta” do diretor Alexandre Mattos (e aos olhos de MCP), o Athletico comprava do Cruzeiro, através de sua multa rescisória, o talentosíssimo Vitor Roque. Contudo, devido à sua baixa idade e pouco tempo de profissional, o jovem inicialmente não era um titular absoluto, algo que foi sendo consolidado conforme Vitor ia desempenhando em altíssimo nível no decorrer daquele ano. Posteriormente a esse período, o centroavante já era peça chave do elenco atleticano, onde permaneceu até o final de 2023 antes de migrar para Barcelona (ESP).

Diferente dos nomes citados, para o ano do seu centenário o Furacão trouxe o uruguaio Gonzalo Mastriani, um centroavante com status de ter sido o maior artilheiro do segundo semestre de 2023 em toda a América, artilheiro da Sulamericana 2023, e que apesar dos 30 anos está em uma crescente na carreira. A expectativa entre a torcida atleticana é que o uruguaio continue com seu desempenho acima, pois será principalmente através de seus gols que o Furacão conquistará vitórias e consequentemente títulos.