CENTENÁRIO: 2007- mais do mesmo
Se nada é tão ruim que não pudesse piorar, o Atlético 2007 conseguiu ser ainda mais frustrante do que o de 2006, aquele que fora tratado pela direção como “o ano do futebol”. Na realidade as campanhas ruins não fugiram muito daquilo que um elenco que teve o goleiro Vinicius, lateral Michel, a vinda do já rodado Ramon Menezes (hoje treinador das seleções brasileiras de base) e Marcelo Ramos no ataque podia dar.
A expectativa já era baixa portanto!
No estadual uma campanha boa, tendo ficando na vice-liderança na primeira fase. O ponto alto foi a goleada de 8 X 0 sobre o Iguaçu de União da Vitória na última rodada da fase de classificação.
Já na segunda fase o time já vinha demonstrado fragilidade, mesmo tendo ficado em primeiro na chave B, mas com 2 vitórias, 1 derrota e tendo empatado as últimas 3 partidas. Na semi-final empatou em zero com o Paraná Clube sendo derrotado pelo tricolor por 3 X 1 em plena Kyocera Arena, como era conhecido o estádio na época. O campeão daquele Paranaense foi o Paranavaí que venceu o tricolor da Vila.
TORNEIOS NACIONAIS e INTERNACIONAIS
Se no Brasileirão o Atlético fez um primeiro turno horroroso, tendo ficado na zona de rebaixamento em 12 das 19 rodadas e em 8 como lanterna ou vice, na Copa do Brasil a torcida viveu momentos de grande euforia. Vamos começar relembrando a Copa.
Na primeira fase uma vitória tranquila por 5 X 2 sobre o Coxim fora de casa garantiu a vaga para a segunda fase. O adversário era o Vitória que impôs sonoros 4 gols nos paranaenses que ainda descontaram com um gol de Alan Bahia já nos acréscimos. Este gol que foi pra lá de decisivo.
Na partida de volta o mosaico da torcida fazia um só pedido: 3 X 0. E o Furacão foi lá e fez! Denis Marques (2x) e Evandro fizeram o placar mínimo que o Furacão precisava numa daquelas noites mágicas em que a simbiose entre time e torcida mostra o quanto fazemos a diferença. O gol sofrido em casa foi critério de desempate e eliminou os baianos.
Nas oitavas de final a história basicamente se repete. Derrota em Goiânia para o xará local por 3 X 1 e em casa, com o apoio da torcida, o 2 X 0 classificou a equipe. Mais uma vez o critério do gol marcado fora de casa fez a diferença!
Motivado o rubro-negro enfrentou o Fluminense e fez dois bons jogos, mas empatou em casa por 1 X 1 e acabou sendo derrotado no Rio de Janeiro por 1 X 0 dando adeus ao sonho de chegar na tão sonhada conquista. O tricolor acabou sendo campeão daquele ano vencendo o Figueirense na final.
No Brasileirão o time não engrenava e por isso a direção reforçou o elenco com o experiente voltante Clayton e resgatou os defensores Marcão e Rogério Correa durante a temporada. Vale lembrar que durante todo o segundo turno o Atlético vendia meia entrada para torcedores que estivessem com a camisa do clube e a campanha foi extremamente superior à do primeiro turno. Como forma de compensar os associados, uma camisa oficial com a logo da Copa do Mundo 2014 foi dada ao final da temporada, bem como permitido acesso dos sócios ao campo, vestiários e etc.
Uma boa lembrança foi a vitória s sobre o Grêmio na Baixada, com expulsão do violento jogador Tcheco que havia quebrado o maxilar o ídolo Alex Mineiro no primeiro turno, as provocações em campo e um golaço do lateral Michel após o Furacão deixar os gaúchos na roda por um minuto. O jogo acabou na delegacia depois de muita confusão na saída dos jogadores. Veja na matéria abaixo.
Ao final da temporada o Atlético ficou no 12º lugar com 14 vitórias, 12 empates e 12 derrotas.
Mal no Brasileirão e precisando se recuperar na competição, o Furacão disputou a Sul Americana de 2007 sem dar-lhe muita atenção. Derrota em casa por 4 X2 e fora por 2 X 0 eliminaram a equipe contra o Vasco da Gama.
PERSONAGENS
Alex Mineiro, Rogério Correa, Marcão = no desespero para se recuperar no ano o Atlético trouxe velhos conhecidos para dar um jeito na situação. Deles, só Alex fez o que realmente se esperava, mas a dupla de defesa ajudou com sua liderança e raça mostradas em campo.
Ferreira = o colombiano que chegara no ano anterior foi um oásis de criatividade num time bem modesto. Com muita disposição e seriedade o baixinho foi conquistando seu espaço no coração do torcedor atleticano.