Nossa amada Baixada tem agora novo nome.
Por decisão unânime do Conselho passou de Joaquim Américo Guimarães para Mário Celso Petraglia.
Como tudo que envolve Petraglia, não poderia deixar de haver polêmica.
Seria justa a homenagem? Seria uma mudança por pura vaidade e subserviência?
Estaríamos nós, representados por nosso conselho, desmerecendo a homenagem ao grande Joaquim Américo?
Talvez a melhor forma de homenagem a algo grandioso seja impedir que acabe, preservando-o e fazendo progredir.
Talvez homenagear um clube que nasceu para ser grande seja idealizá-lo ainda maior e realizar.
Ninguém, absolutamente ninguém na nossa história fez mais pelo Clube Athletico Paranaense do que Mario Celso Petraglia. Isso é fato. Indiscutível.
Controverso, polêmico, de difícil trato como todas as grandes mentes, mas visionário, realizador como poucos. Talvez como nenhum, tratando-se de futebol brasileiro.
Petraglia foi e ainda é o maior dirigente do futebol brasileiro. Transformou um time periférico, falimentar, de bairro, num clube gigante, poderoso, que hoje rivaliza com os maiores.
Petraglia ousou desafiar a tudo e a todos. Brigou com os poderosos, com a Globo, a CBF. Desafiou por muitas vezes o seu próprio povo.
Aos trancos e barrancos ergueu a Arena da Baixada por duas vezes. Se necessário, ergueria a terceira.
Foi além. Trouxe a Copa do Mundo, quebrou muros, nos deu glórias nunca antes imaginadas.
Homenagear o maior dos nossos personagens não desmerece de forma nenhuma os feitos de Joaquim Américo, que infelizmente não pôde ver nosso então Atlético nascer.
Sem Petraglia, o que teríamos seria o passado.
Joaquim Américo Guimarães estará sempre na nossa história. Deu seu nome ao nosso estádio por 100 anos.
Assim como, agora, Mario Celso Petraglia emprestará seu nome a uma de suas maiores criações. A nossa amada Baixada.
E se nos próximos 100 anos alguém realizar por esse Clube mais do que Petraglia, pois bem, que se chamem novamente os conselheiros!
Vida longa ao Estádio Mario Celso Petraglia.