27 fev 2024 - 15h39

CENTENÁRIO: 2008 – escapando no final

Vindo de dois anos nada mais que medianos, o Athletico que conseguiu brava recuperação na reta final do Brasileiro 2007, entra em 2008 com alguns reforços interessantes como o zagueiro Antonio Carlos, o volante colombiano Valencia e o clássico meio campista paraguaio Julio dos Santos para ajudar orquestrar a equipe.

E o Paranaense começou com tudo! O rubro-negro de Ney Franco, que permaneceu do ano anterior, bateu o recorde do lendário Furacão de 1949 vencendo 12 partidas seguidas com destaque para as vitórias fora de casa por 1 X 8 contra o Iguaçu em União da Vitória e por 0 X 2 no clássico Atletiba realizado no Couto Pereira. Gols de Ferreira e do volante Alan Bahia de cabeça após contra ataque puxado pelo capitão Clayton, o Atlético voltava a vencer na casa do rival depois de muito tempo.

A primeira fase foi encerrada de maneira invicta com 14 vitórias e um empate, com incríveis 40 gols feitos e somente 7 sofridos. Até que a coisa desandou e claramente por erro da direção.

Dois dos principais jogadores, Ferreira pelo categoria, gols e sua técnica e Clayton pela raça, liderança e maneira como lidava com os atletas em campo foram negociados e o clube simplesmente não trouxe reforços, acreditando que os jovens da base Renan Foguinho e William Bigode (na época chamado de William Playmobil) dariam conta do recado.

Não deram! No quadrangular final o Atlético ficou em 2º no grupo B, 2 pontos atrás do Paraná Clube. Nas semi finais jogou pelo resultado, atuando mal porém vencendo o Toledo em casa e perdendo pelo mesmo placar no interior do estado.

Na final e com as bênçãos de Heber Roberto Lopes naquele festival de faltas só para um lado, intimidação aos jogadores atleticanos e sua sucessiva série de trapalhadas, o Coritiba abriu 2 X 0 jogando pela vantagem na partida de volta.

E na finalíssima um Atlético motivado, que voltou reencontrar um bom futebol depois do período turbulento chegou a fazer o placar de dois gols que necessitava, com Netinho na 1ª e Marcelo Ramos na 2ª etapa. Porém numa falha terrível e infantil do zagueiro Danilo e na indecisão do frágil goleiro Vinicius, Henrique Dias marca e a partir dali bastou o mesmo Heber Roberto Lopes segurar o Atlético, aceitar passivamente a cera adversária para decretar novo título coxa-branca dentro da casa do Furacão, assim como ocorrera em 2004.

TORNEIOS NACIONAIS

O fantasma da Copa do Brasil seguia com o Atlético. Não obstante os resultados ruins e uma eliminação precoce contra um adversário fraco dentro de casa, o elenco cometeu o mesmo erro: caiu logo no começo do certame empatando fora e em casa com o desconhecido Corinthians de Alagoas e perda da vaga nos penais.

No Brasileirão a campanha ia de mal a pior. Tendo perdido o estadual em casa para o maior rival e tendo sido eliminado na Baixada para um time pequeno, deixaram o clube em estado de alerta. O rubro negro passou nada mais nada menos do que 29 das 38 rodadas do nacional na zona de rebaixamento e lutou contra a queda até o final.

O time não engrenava e o Presidente Petraglia chegou a declarar que “não tinha nada demais em cair e já voltar, acontece”, teve que aceitar a volta do treinador Geninho e viu algumas das apostas feitas ao longo da competição acabarem correspondendo dentro de campo como o goleiro Galatto, o lateral Marcio Azevedo e principalmente o atacante Rafael Moura, o He-Man da Baixada que acabaram ajudando o clube a vencer 6 das últimas 8 partidas com somente uma derrota na penúltima rodada contra o Nautico.

Na rodada derradeira, eram 5 clubes tentando escapar da zona da degola. Em casa o Atlético goleou o Flamengo por 5 X 3 numa Baixada ensandecida e que viu Alan Bahia marcar com uma das paradinhas de pênalti mais humilhantes da história. Ao final o Furacão ficou em 13º lugar com os mesmos 45 pontos que Fluminense e Santos contra os 44 pontos do Náutico (16º) e do Figueirense que com os mesmos 44 pontos foi rebaixado.

 

PERSONAGENS  E FATOS

Geninho (treinador) = num ano conturbado e cheio de problemas no clube, a calma, tranquiidade e contando com a confiança da torcida fizeram do treinador campeão de 2001 figura importante na recuperação e busca da fuga do rebaixamento em 2008.

Heber posa com Keirrison e Rafinha

Heber Roberto Lopes (árbitro) = resumidamente, no ÚNICO Atletiba em que o Furacão venceu o rival com arbitragem deste cidadão, vencemos mas não levamos: Coritiba campeão dentro da Baixada. Irritando, debochando e ironizando os jogadores do Atlético e segurando a onda sempre que possível para ver se ajudava os amigos, ele foi novamente decisivo em 2008.



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