28 fev 2024 - 15h43

CENTENÁRIO: 2009 – sorriso amarelo

O Athletico não vencia o estadual desde 2005 e havia perdido o título de maneira dolorida para o rival no ano anterior. E em 2009 o Coritiba completava seus 100 anos e havia muita expectativa em festejar de maneira especial e com conquistas.

O rival gastou muito trazendo o argentino Ariel Nahuelpan, o experiente zagueiro Pereira e principalmente o meia Marcelinho Paraíba. No Atletiba da primeira fase empate de 0 X 0 no Couto Pereira.

O Atlético de Geninho não era brilhante, jogava para o gasto mas terminou a 1ª fase na liderança com 9 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, para o Paranavaí e Cianorte, ambas fora de casa.

Na fase final as 8 equipes se enfrentavam em turno único, sagrando-se campeã quem marcasse mais pontos. Detalhe fundamental foi o rubro-negro ter feito melhor campanha na primeira fase, pois entrou com 2 pontos adicionais enquanto o alviverde entrou com 1.

Um erro na maneira como foi escrito o regulamento acabou criando a figura do “supermando”, pois o Atlético jogou TODA fase final em casa, o Coritiba só visitou o Atlético na Baixada, o Nacional (3º lugar na fase preliminar) jogou duas fora e assim sucessivamente até chegar no 8º colocado, o Paranavaí que jogou TODAS as partidas fora. Coisas do campeonato paranaense!

O Furacão começou a fase final perdendo para o J. Malucelli em casa, com o Coritiba e o Nacional vencendo suas partidas. Já na largada o time atleticano deixava escapar a vantagem conquistada na fase anterior.

Depois o time emplacou 3 vitórias sofridas, mas sapecou 3 X 0 no Paraná Clube assumindo a ponta. Na penúltima rodada o clássico Atletiba e numa Baixada atônita o Coritiba fez um 2 X 4 com relativa facilidade e se pôs a uma vitória simples em casa diante do Nacional na última rodada para ser campeão. O Furacão venceu por 2 X 0 o Nacional com gols de Wesley e Rafael Moura enquanto o rival somente empatou, sendo superado na pontuação pelo J. Malucelli e terminando o estadual na 3ª colocação.

Rafael Moura foi destaque em 2009. (foto: arquivo/FURACAO.COM)

Ah se não fossem os pontos extras!!!!

TORNEIOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Quase rebaixado no ano anterior mas tendo conseguido ficar em 13º no Brasileirão, o Atlético ficou com uma vaga na Sul Americana do ano seguinte. Empate sem gols em casa e derrota por 3 X 2 no Rio de Janeiro diante do Botafogo, eliminaram a equipe que naquela altura voltava a lutar contra o rebaixamento no nacional.

Na Copa do Brasil eliminou-se a Tocantinense na 1ª fase por 3 X 0 fora de casa, dispensando a partida de volta. Na fase seguinte um empate suado em dois gols contra o ABC de Natal e vitória em casa por 2 X 0. Nas oitavas de final, numa arbitragem absolutamente equivocada a favor dos paulistas em plena Baixada, vitória por 3 X 2 diante do Corinthians e na volta, com direito a um pênalti inventado e gol de Ronaldo Fenômeno, os paulistas eliminaram o Furacão vencendo por 2 X 0.

No Brasileirão, após crises, demissão de treinadores e muitas idas e vindas, com a direção só trazer reforços na virada do turno com a equipe na zona de rebaixamento (filme repetido últimos anos), o Atlético só foi vencer a primeira partida na 6ª rodada, fora de casa diante do Sport Recife, quando acumulava um empate e quatro derrotas.

A campanha se baseava em se reabilitar, especialmente dentro de casa culminando com uma série invicta de 3 jogos que deixaram o Atlético na 14ª colocação com 13 vitórias, 9 empates e 16 derrotas.

O que “salvou” o ano atleticano foi ver o rival ser rebaixado em casa no ano do seu centenário após empate em 1 X 1 com o Fluminense, resultado que salvou por 1 ponto a equipe carioca e proporcionou o maior quebra quebra dentro de um estádio no território paranaense.

 

PERSONAGENS  E FATOS

Alberto (jogador) = para muitos foi o maior lateral direito da história do clube. Habilidoso e dono de um cruzamento mortal, Alberto voltava ao clube que o mostrou para o mundo e se despediu em alto estilo sendo homenageado pela torcida. Anos depois retorna ao clube como treinador, ajudando na conquista da Sul Americana em 2021.

Kamali (????) = aquele tipo de coisa que, mesmo passados anos e mais anos, ninguém consegue entender. Clique aqui e saiba mais sobre essa exótica contratação do clube em 2009.

Kamali e Petraglia celebram a transação. (foto: arquivo FURACAO.COM)


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