CENTENÁRIO: 2010 – acaba a fama de meio estádio
O elenco vice-campeão da Copinha São Paulo 2009 acabaria gerando uma boa safra no CT do Caju. Daquele elenco, subiram para o time principal em 2010 o goleiro Santos, os zagueiros Manoel e Bruno Costa, e os atacantes Marcelo Cirino e Patrick. Alguns deles vingaram, outros nem tanto, mas todos jogaram já em 2010 no time de cima do Atlético.
A primeira fase terminou com o Coritiba líder e o Atlético na vice liderança. Na segunda fase, as 8 melhores equipes jogariam em turno único, dessa vez tendo o alviverde a prerrogativa do “supermando”. E justamente no clássico no Alto da Glória na penúltima rodada a vitória dos donos da casa por 2 X 0 sacramentou o título do rival.
A novidade no ano eram as arquibancadas inferiores da reta da Rua Brasilio Itiberê já construídas e em poucos meses com suas respectivas cadeiras. O antigo estádio, a Baixadinha de tijolinhos, a Baixada pós 95 com o “Farinhaquão” nos fundos que tinham dado lugar a mais moderna Arena do Brasil em 1999, crescia e não podia mais ser chamada pejorativamente de “meio estádio” como o era.
COPA DO BRASIL E BRASILEIRÃO
Pelo torneio eliminatório o Atlético enfrentou o Vilhena de Roraima na primeira fase, empatando em 2 gols fora e sapecando um sonoro 4 X 0 na Baixada. Na sequencia despachou o Sampaio Correa do Maranhão também empatando fora e vencendo em casa, mas o clube enfrentou o Palmeiras nas oitavas de final e foi eliminado perdendo no antigo Parque Antarctica por 1 X 0 e somente empatando por 1 X 1 no Joaquim Américo.
Após a perda do estadual e início ruim de Brasileiro, o Atlético dispensou o treinador Antonio Lopes e investiu no prata da casa Leandro Nihues. É antigo o sonho da direção do Furacão em formar um treinador dentro de casa e que dê certo!
A campanha era nada mais que mediana, mas perto do final do primeiro turno do Brasileiro e já eliminado da Copa do Brasil, a direção trouxe o experiente técnico Paulo Cesar Carpegiani para comandar a equipe que deu um salto consistente.
Com o jovem goleiro Neto sendo um dos melhores da competição, a mudança no esquema tático com 3 zagueiros formados em casa, Rhodolfo, Manoel e Chico e dando total liberdade para o experiente Paulo Baier armar jogadas para o grandalhão Federico Nieto e o inconstante, mas forte atacante equatoriano Jofre Guerron ir para cima dos adversários, o clube reagiu e ficou entre os 4 brasileiros classificados para a Libertadores por um bom tempo.
No quarto final do campeonato entretanto, o treinador Carpegiani aceitou proposta para ir ao São Paulo e o clube apostou no desconhecido Sergio Soares. A campanha degringolou, o time foi perdendo fôlego, chegou a passar 5 rodadas sem vitórias, mas deu um sprint final acabando na 5ª colocação, a melhor desde o vice campeonato de 2004.
PERSONAGENS
Neto (goleiro) = o jovem arqueiro, na época com somente 19 anos assumiu a meta atleticana durante o ano, desbancando o experiente Galatto e os goleiros da casa que estavam a sua frente, João Carlos e Renan Rocha. Com arrojo e segurança o atleta teve atuações impressionantes que lhe renderam rapidamente sua venda para a Fiorentina da Itália.
Paulo Baier (meio campo) = na época já com 36 anos, o atleta que havia chegado ainda em 2009 passou a mostrar importância efetiva em 2010 após as saídas de outros atletas da posição. Tanto com a bola rolando, na bola parada mas também por sua liderança, começava a escrever sua história dentro do clube.