8 mar 2024 - 17h10

CENTENÁRIO: 2013 – O Furacão volta ao protagonismo!

O Athletico voltou a ser Furacão em 2013.

Se 2011 foi o ano mais conturbado da nossa recente história, se 2012 foi o ano marcado pelo difícilimo retorno à elite do futebol brasileiro, 2013 trouxe muitos motivos para o torcedor rubro-negro voltar a sorrir.

 

PRÉ-TEMPORADA E CAMPEONATO ESTADUAL

2013 também foi o ano que marcou uma experiência totalmente inédita no futebol brasileiro: o Athletico utilizou seu time Sub-23 no Campeonato Estadual, poupando seus principais atletas para realizarem uma pré-temporada mais alongada, preparando-se para as competições nacionais.

Se por um lado tal estratégia colocou em jogo o título do Paranaense, nas competições nacionais o Athletico fez muito bonito.

Com uma pré-temporada realizada na Espanha, os titulares do Athletico disputaram e venceram a MARBELLA CUP, enfrentando Ludogorets (da Bulgária), Dínamo de Kiev e Dínamo Bucareste (da Romênia).

Os titulares ainda realizaram outros amistosos, contra o Operário-PR, Otelul Galati (Romênia), Danúbio (Uruguay), J. Malucelli, Laranja Mecânica e Figueirense. Ainda enfrentaria e sairia derrotado contra Goiás, Atlético-GO e Cruzeiro.

Mesmo com alguns bons resultados e o título da Marbella Cup, o time de Ricardo Drubscky ainda trazia uma certa desconfiança ao torcedor.

Voltando ao Sub-23 no Paranaense, os meninos comandados por Arthur Bernardes começaram mal. Empates com Rio Branco e Nacional de Rolândia, e derrota para o Paraná Clube na terceira partida, dentro da Arena. O Atlético só conhece a vitória na 5ª partida, contra o Cianorte em casa. Um 2×1 suado, com muitas vaias e críticas em relação ao trabalho do Sub-23.

O Athletico segue oscilando e fecha em 5° a participação no primeiro turno.

No returno da competição, o Athletico dá show, vence o clássico contra o Coritiba, e contra o mesmo arquirrival disputaria a final do Estadual.

Com a Baixada ainda interditada para as obras da Copa 2014, o Athletico faz o jogo de ida na Vila Olímpica do Boqueirão, empatando com os verdes por 2×2 numa partida eletrizante.

No jogo de volta no Couto Pereira, o Athletico é derrotado por 3×1, mas joga muito bem, e sai aplaudido por sua torcida. O trabalho no Sub-23 consolidaria o goleiro Santos, o lateral Léo, os meias Hernani e Zezinho, e o atacante Douglas Coutinho, que subiriam ao elenco principal.

 

COPA DO BRASIL 2013

Os titulares, após 3 meses de preparação, voltavam finalmente a um jogo oficial.

Pela Copa do Brasil, no primeiro round o Athletico enfrentava e superava o Brasil de Pelotas. Uma vitória de 3×0 em Curitiba e empate no jogo de volta, sacramentava a classificação rubro-negra.

Contra o América de Natal, um passeio. O CAP goleia por 6×2 em casa com um show de Ederson e Marcelo Cirino e classificação garantida.

A esta altura do campeonato, já havia mudança no comando técnico da equipe. O treinador Ricardo Drubscky, que estava à frente do principal desde o acesso em 2012, após uma sequencia de resultados ruins no Brasileiro, dá lugar a Wagner Mancini, que muda a cara do time e leva o Athletico a um segundo semestre incrível, com um futebol vistoso e envolvendo, aliado à velocidade de Marcelo, e o poder finalizador de Ederson.

Na fase seguinte, o Furacão despacha o Paysandu.

Nas finais, o Furacão mostra o porquê de seu famoso apelido. Elimina Palmeiras nas oitavas, Internacional-RS nas quartas, e o Grêmio nas semi. E classifica-se para as finais contra o Flamengo.

Pelo futebol que vinha apresentando, era sim possível sonhar com o título de Copa do Brasil.

Mas o Athletico deixa escapar. Um empate em casa por 1×1, e uma derrota por 2×0 no Maracanã adiaram o sonho do segundo título nacional do CAP.

O jogo de ida da final, na Vila Capanema, foi um show de atleticanismo nas arquibancadas. Pressão insana, time em cima e golaço de Marcelo Cirino, que acerta uma bomba de fora da área: 1×0.

O empate dos cariocas vem aos 30´ do primeiro tempo. Amaral acerta um chute de longe na gaveta de Weverton.

O jogo segue cheio de polêmicas de arbitragem e com chances para os dois lados, mas termina em 1×1.

 

 

O jogo da volta no Maracanã, conta com 70 mil torcedores.

O Athletico foi sonolento durante toda a partida, e esta exibição sofre duras críticas até hoje.

Há quem diga que o presidente Mário Celso Petraglia adentrou aos vestiários no intervalo de jogo para cobrar mais raça dos jogadores.

Engolido no segundo tempo, o Furacão toma o primeiro gol após jogada de Paulinho em cima do zagueiro Manoel, Elias tem toda a calma para finalizar e fazer 1×0. Aos 44´ do segundo tempo.

Sem reação, toma o segundo aos 47´ no gol de Ernane Brocador.

Fim de jogo, vice-campeonato amargo na Copa do BR.

 

 

BRASILEIRÃO 2013

Numa das melhores campanhas da sua história, o Athletico termina o Campeonato Brasileiro de 2013 na terceira posição.

Se no início pairava a desconfiança sobre o time de Ricardo Drubscky, no final o bom futebol implantado por Wagner Mancini, fazia com que o Athletico superasse seus adversários e entregasse neste ano vitórias memoráveis, como os 6×1 contra o Náutico, 3×0 sobre o São Paulo, e os 5×1 contra o Vasco da Gama.

 

 

O Athletico chegou a ficar 13 jogos invicto e colocou Ederson como o principal goleador do certame, com 21 gols. A ótima zaga com Manoel e Luiz Alberto, a segurança na baliza com Weverton, o bom trabalho de meio-campo, com o Maestro Paulo Baier e o rápido Everton, e o contra ataque mortal de Ederson e Marcelo, faziam o Brasil se surpreender com nossa excelente campanha.

O Furacão chegaria a 65 pontos, 9 a menos do que o campeão Cruzeiro, e se classificava a Libertadores de América de 2014.

 

DESTAQUE NEGATIVO

A briga generalizada entre as torcidas do Furacão e do Vasco na Arena Joinville.

Vândalos de ambos os lados invadiram o espaço reservado às duas torcidas e iniciaram uma selvageria absurda nas arquibancadas. Quatro feridos em estado grave e 10 torcedores organizados presos foram o saldo de um dos mais tristes episódios do futebol brasileiro.

O Athletico ainda pagaria uma multa de R$ 180 mil e perderia 12 mandos de campo em competições nacionais.



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