CENTENÁRIO: 2014 – uma Copa no meio do caminho
A temporada 2013 acabou com o Furacão em alta. Mesmo jogando fora da Baixada mais uma vez o ano inteiro devido as obras para a Copa do Mundo que se avizinhava, o rubro-negro chegou pela primeira vez numa final de Copa do Brasil, sendo derrotado pelo Flamengo e fez uma campanha incrível no Brasileiro, terminando na 3ª colocação distante somente 1 ponto do vice campeão Grêmio.
Porém a equipe iniciava 2014 sem o treinador Vagner Mancini, inventando mais uma vez no comando técnico com o espanhol Miguel Ángel Portugal. A campanha na primeira fase foi horrível, com duas derrotas e dois empates no começo da competição, sendo a primeira vitória na Vila Capanema por 3 X 0 no clássico Atletiba.
Entretanto das 12 equipes na competição, o Atlético termina a Primeira Fase em 8º, sendo o último entre os classificados. Nas quartas de final, o time agora já treinado pelo ex-jogador sérvio Petkovic, perdeu a primeira mas venceu a segunda partida contra o líder Paraná Clube e com 2 gols de Marcos Guilherme se classificou para as semi-finais. A vitória no Eco Estádio por 3 X 1 encaminhou bem o mata-mata, porém no Estádio do Café um atônito Atlético levou um inapelável 4 X 1 do Londrina que depois venceu o Maringá se tornando campeão estadual.
Classificação: 4º lugar
LIBERTADORES
A partir dessa parte da história o Atlético começou a disputar mais constantemente torneios internacionais. Se nos seus primeiros 90 anos o Furacão disputou 3 edições da Libertadores (2000, 2002 e 2005) e 5 Sul-Americanas (2006, 2007, 2008, 2009 e 2011), após 2014 disputou, além desde ano, as edições de 2017, 2019, 2020, 2022 e 2023 da Libertadores e as Sul-Americanas de 2015, 2017 além das edições de 2018 e 2021, quando sagrou-se campeão do torneio.
E equipe disputou a Pré-Libertadores, perdendo de 2 X 1 do Sporting Cristal no Peru e tendo o mesmo placar na partida de volta na Vila Capanema, num jogo para cardíaco nenhum botar defeito. Gol da vitória no último lance da partida e vitória nos pênaltis depois de estar 2 gols atrás no marcador.
O Athletico ficou na fase de grupos tendo vencido em casa os bolivianos do The Strongest e Universitário do Peru, mas perdendo para os argentinos do Velez Sarsfield. Fora de casa perdeu duas e só marcou 3 pontos contra o lanterna peruano, ficando de fora do restante da competição.
Classificação: fase de grupos
COPA DO BRASIL E BRASILEIRÃO
Devido a realização da Copa do Mundo, o calendário foi bastante modificado naquele ano. Por ter disputado a Libertadores, o Atletico entrou na 3ª fase da Copa do Brasil, tendo perdido para o América de Natal por 3 X 0 fora e devolvido “somente” 2 X 0 na Baixada, agora já recebendo os torcedores no mês de setembro, pós Mundial.
Um jogo em que o time pressionou muito, que teve até o goleiro Weverton tentando fazer gol no final da partida, mas que acabou precocemente para o então vice campeão da competição. Apesar da frustração, o torcedor aplaudiu a luta e entrega do time que não teve uma jornada feliz na partida de ida que acabou custando muito caro ao Furacão.
Já no Brasileiro a equipe começou com turbulências, passou pelo comando das apostas técnicas (olha a insistência nisso!!!) de Leandro Ávlia e Doriva e só se encontrou com o comando mais tranquilo e apaziguador de Claudinei Oliveira.
Com ele o clube fez uma boa campanha de recuperação, voltou a pontuar bem dentro de casa, se afastou das últimas colocações e conseguiu terminar o campeonato com 54 pontos na oitava posição, distante 7 pontos do sétimo colocado Grêmio e liderando o pelotão que foi até o 11º colocado Sport Recife que fez 52 pontos.
Classificação Copa do Brasil : 3ª fase
Classificação Brasileirão: 8º lugar
PERSONAGENS E FATOS
Reabertura da Arena = Foram 2 testes antes da Copa do Mundo. O primeiro num sábado a tarde limitado a 10 mil sócios foi um amistoso que terminou em 0 X 0 contra o J. Malucelli com o estádio ainda em obras. Já o segundo foi em maio, a pedido da FIFA, com público próximo a 30 mil pessoas, quando a equipe perdeu para o Corinthians por 1 x 2, num teste de acessos, visibilidade, orientação dos torcedores. O primeiro gol atleticano na Baixada com essa configuração Copa do Mundo foi marcado por Marcelo Cirino.
Jogadores da base = o Atlético havia tentado manter um time muito jovem no Paranaense mas com resultados fracos e mostrando alguns jogadores que alternavam gols e atuações boas com uma sequencia de jogos extremamente ruins. Em 2014 o goleiro Santos chegou a jogar e jovens promessas como o zagueiro Léo Pereira e a dupla de volantes Otávio e Hernani começaram a ganhar espaço no time atleticano.
Adriano Imperador= não, não foi uma catarse coletiva. O forte e hábil atacante, o que calou os argentinos em final de Copa América, Campeão da Copa das Confederações, campeão brasileiro pelo Flamengo, campeão da Copa Itália e tri campeão italiano pela Internazionale de Milão foi resgatado pelo Atlético e jogou algumas poucas partidas pelo Furacão naquele ano. Por sinal a derrota diante do The Strongest na última rodada da fase de grupos na Libertadores, foi o único pelo Atlético e último gol feito pelo Imperador na carreira.