13 mar 2024 - 15h11

CENTENÁRIO: 2015 – um susto atrás do outro

Enquanto as torcida da capital se uniam para pedir a volta da venda de cerveja nos estádios, proibida desde 2008, o Atlético vinha de um ano de Copa do Mundo sem grandes sobressaltos, mas tampouco conquistou algo, terminando 2014 com boas perspectivas para 2015, mantendo o treinador Claudinei Oliveira que com seu jeito pacato colocou a casa em ordem.

Mas bastou começarem os jogos que a coisa desandou. E muito!

Empate com o Foz e derrota por 3 X 1 diante do Rio Branco, ambas as partidas fora de casa, acenderam a luz amarela. Depois duas vitórias seguidas, mas a péssima atuação e derrota por 2 X 0 no clássico Atletiba no Alto da Glória foram colocando pressão no jovem time atleticano que desperdiçava pontos em casa a ponto de chegar na última rodada com somente 3 vitórias na primeira fase e necessitando dos 3 pontos no norte do estado para ficar em 8º colocado e avançar as quartas de final do certame.

Mas não deu e o time já estava na corda bamba e com um novo treinador: Enderson Moreira.

O rubro negro perdeu para o Londrina por 1 X 0, ficou em 9º e teve que disputar o “Torneio da Morte” contra Rio Branco, Nacional e Prudentópolis para a definição dos dois rebaixados daquele ano.

No apuro, o time mandou a campo jogadores que estavam fazendo a pré temporada como o goleiro Weverton, o lateral Natanael, os volantes Otavio e Hernani e os atacantes Cléo, Dellatorre e Edigar Junio.

O vexame foi evitado com 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota em casa para o Rio Branco, mas as marcas ficaram fortes naquele time.

Classificação: 8º lugar

COPA DO BRASIL E BRASILEIRÃO

Até pouco tempo atrás o Atlético estava para a Copa do Brasil como a água está para o óleo, como o sol está para a noite, como o alho está para o vampiro. Exceção feita para a finalíssima em 2013, quando na realidade o Furacão não jogou rigorosamente nada contra o Flamengo, o histórico era ser eliminado, via de regra nas oitavas de final para o time que viria a ser campeão ou tropeçar em fases anteriores diante de times fracos, desconhecidos ou sem tradição.

Em 2015 o Atlético eliminou o Remo na primeira fase, mas não sem sofrer, posto ter empatado ambas as partidas por 1 X 1 e vencido por 5 X 4 nos pênaltis na Baixada. Mas já na rodada seguinte, ainda em maio, o Atlético perdeu para o Tupi de Minas Gerais por 1 X 0 fora e venceu por 2 X 1 em casa, sendo eliminado pelo critério do gol qualificado. Mais uma Copa do Brasil decepcionante!

Classificação: segunda fase

No Brasileirão o Atlético começou mal e desde a 3ª rodada já figurava próximo a zona de rebaixamento. As más campanhas custaram o emprego de Enderson Moreira antes da virada do turno e o clube trouxe o luso-brasileiro Milton Mendes, que chacoalhou o elenco que foi ainda reforçado com a vinda do atacante peso pesado Walter, do ponta português Bruno Pereirinha, do rápido e habilidoso ponta Ewandro e do zagueiro chileno Vilches, dando uma ajeitada na equipe que foi reagindo.

A campanha deu um respiro, especialmente com a sequencia de vitórias em casa e com o grande perde-ganha da turma que estava lá embaixo na tabela. Por problemas extra campo até hoje não bem explicados, o Atlético mandou embora o treinador Milton Mendes, passou uma fase de instabilidade com o interino Sérgio Vieira e trouxe o experiente e ex-jogador do clube nos anos 80 Cristóvão Borges para dar sequencia até o final do campeonato.

Ao final, uma campanha sem brilho e de meio de tabela.

Classificação Brasileirão: 10º lugar

PERSONAGENS E FATOS

Eleições no CAP: foram somente 249 votos num universo de pouco mais de 8 mil sócios em condições de votar e com uma participação recorde: 5.569 atleticanos foram as urnas no dia 12 de dezembro de 2015 e deram a vitória para a continuidade da gestão de Mário Celso Petraglia no comando do Furacão.

Num ano em que quase caiu no estadual, voltou a decepcionar na Copa do Brasil e flertou com o rebaixamento no Brasileiro, a direção levou um tremendo susto mas acabou vencendo mais um pleito.

Nikão: chegava naquele ano um jogador acima do peso, com histórico de indisciplina e que demorou um pouco para engrenar. Mas que depois entrou para a história do Atlético Paranaense!

Nikão chegou em 2015 no Furacão [foto: site oficial]


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