Centenário: 2021 – O BI da Sulamericana
Devido as questões do surto mundial de Covid-19, a temporada 2020 acabou em fevereiro de 2021, e dois dias depois iniciou-se de fato a temporada 2021 com o Furacão iniciando a mesma com o certame estadual pela frente.
Após uma primeira fase tranquila, o Athletico avançou para as quartas-de-final do certame estadual, e após eliminar o Paraná Clube acabou sendo eliminado pelo FC Cascavel na semifinal, o que acabou culminando na demissão do técnico António Oliveira.
Após o desligamento do treinador português, Paulo Autuori mais uma vez assumiu o comando do Rubro-Negro para o restante da temporada.
O vice-campeonato da Copa do Brasil
Entrando na terceira fase da Copa do Brasil, o Athletico teve pela frente a equipe do Avaí. Em confrontos apertados o Athletico empatou em 1 a 1 na Ressacada, venceu por 1 a 0 na Arena da Baixada e avançou as oitavas-de-final da copa confirmando seu favoritismo no confronto. Na fase seguinte o Furacão enfrentou a equipe do Atlético-GO e após dois jogos equilibrados acabou vencendo por um 2 a 1 e empatando por 2 a 2, eliminando assim os goianos e indo até as quartas-de-final da competição. Pelas quartas-de-final o Athletico teria pela frente o Santos, e para avançar até a semifinal da Copa do Brasil teria que quebrar um tabu de nunca ter vencido a equipe praiana na Vila Belmiro, em partidas válidas por competições nacionais. Após dois jogos dificílimos o Furacão venceu as duas partidas por 1 a 0, quebrou o tabu e avançou a próxima fase da copa.
Pela semifinal o Rubro-Negro teria outro Rubro-Negro pela frente, um velho conhecido de outras copas, o poderoso Flamengo. Jogando de forma impecável as duas partidas o Furacão empatou o primeiro jogo por 2 a 2 na Arena da Baixada, e aplicou um sonoro 3 a 0 no Maracanã lotado, avançando dessa forma a grande final da Copa do Brasil 2021.
Na grande final o Athletico não foi páreo para o Atlético Mineiro do técnico Cuca. Na primeira partida no Mineirão, os mineiros foram superiores durante todo o confronto e aplicaram um 4 a 0 que praticamente definiu o campeão da competição. Na partida da volta como não restava muito além da esperança e fé dos torcedores, coube aos mesmos realizarem uma festa que ficará marcada na memória do torcedor athleticano. Com mais de 35 mil torcedores nas arquibancadas, os athleticanos fizeram uma linda festa, e o confronto da volta acabou ficando em segundo plano. Nova vitória dos comandados de Alexis Stival por 2 a 1, e o vice-campeonato para o Athletico.
O Bi da Sulamericana no Olímpico de Montevidéu
Embora tenha terminado a fase de grupos em primeiro lugar com cinco vitórias em seis jogos, o Furacão não teve um desempenho técnico satisfatório e apresentou muitas dificuldades contra adversários muito inferiores, e ao final da fase de grupos acumulou quatro vitórias com o placar apertado de 1 a 0. Exceção feita ao último jogo da primeira fase, quando venceu a equipe equatoriana do Aucas por 4 a 0.
Nas oitavas-de-final duas vitórias convincentes contra o América de Cali. Na primeira partida uma vitória por 1 a 0 no Hernán Ramírez Villegas gol de pênalti de Nikão, e na partida da volta na Arena da Baixada um 4 a 1 gols de Vitinho (duas vezes), Canesin e Nikão.
Pelas quartas-de-final o Furacão teve um confronto dificílimo contra a LDU de Quito (EQU), isso porque além de ter perdido o primeiro confronto por 1 a 0, o Furacão esteve em desvantagem no jogo da volta da Arena, e mesmo com tantas dificuldades venceu por 4 a 2 com dois gols do meia Christian e dois gols do centroavante Guilherme Bissoli, e dessa forma avançou a semifinal da competição.
Na semi-final o Rubro-Negro enfrentou um velho conhecido de competições sul-americanas, a equipe uruguaia do Penarol. Após dois jogos equilibrados o Athletico levou a melhor em ambas as partidas e confirmou seu bom retrospecto contra a equipe de Montevidéu. No primeiro jogo em Montevidéu vitória Rubro-Negra por 2 a 1 com gols do meia uruguaio David Terans e do atacante Pedro Rocha, e no segundo jogo em Curitiba nova vitória athleticana por 2 a 0 gols do meia Nikão e do atacante Pedro Rocha. E assim o Furacão avançava para a grande final da competição.
Na grande final, o Furacão teve pela frente os paulistas do Red Bull Bragantino e um estádio Olímpico de Montevidéu que contou com a grande presença da torcida Rubro-Negra.
Em uma partida que ficou marcada por muita disputa, e muito equilíbrio coube ao ídolo Nikão sacramentar a vitória athleticana. Após bela jogada David Terans finalizou à meta da equipe paulista, e após o rebote do goleiro Cleiton, Nikão emendou um voleio maravilhoso e colocou o 1 a 0 no marcador. Era o gol suficiente para garantir o Bicampeonato da Sulamericana para o Athletico.
Somadas as questões de Covid-19, calendário apertado, uma temporada começando praticamente dois dias após o término da outra, diversas competições e partidas simultaneamente, o campeonato brasileiro do Athletico foi uma lástima, e o clube correu riscos de rebaixamento até as últimas rodadas. Foi a pior campanha do Rubro-Negro na história dos pontos corridos com 20 equipes, junto com a de 2009 a qual o Furacão também ficou em 14º, e abaixo somente da campanha de 2011. Certamente foi uma campanha que não deixará saudades aos torcedores athleticanos.