Centenário: 2023 – Abaixo das expectativas
A temporada começou com o Athletico tendo pela frente um ano em que as expectativas eram as maiores possíveis, tendo em vista que o que fosse plantado em 2023 seria colhido no ano mais importante da história do Rubro-Negro, ou seja, o ano do seu Centenário.
Dessa forma o Furacão iniciou o ano de 2023, conquistando de cara o título paranaense. Líder geral da competição, o Rubro-Negro foi campeão invicto com quinze vitórias e dois empates. Na decisão do certame estadual o Furacão venceu o FC Cascavel por 1 a 0, com gol de pênalti de Vitor Roque, e no jogo da volta empatou por 0 a 0 jogando na Arena da Baixada. A última vez que o Athletico havia conseguido tal feito, tinha sido no longínquo ano de 1936. Foi a terceira vez em sua história que o CAP conquistou a taça sem sofrer se quer uma derrota, as outras duas vezes haviam sido em 1929 e no supracitado ano de 1936.
Campeão invicto. Foto: Divulgação/Athletico
Copa do Brasil
Na competição mais democrática do Brasil, o Rubro-Negro entrou na terceira fase e encarou o CRB de Alagoas. Na primeira partida derrota do Furacão por 1 a 0 jogando em Maceió, e na partida da volta vitória por 2 a 1 para o Athletico com dois gols do meia Alex Santana, resultado que levou a disputa da vaga para as penalidades máximas. Depois de muito nervosismo vitória do CAP por 4 a 2, e o destaque individual para o goleiro Bento que pegou uma penalidade máxima e garantiu a vaga do Furacão para a próxima fase. Pelas oitavas de final o Athletico encarou a equipe do Botafogo do RJ. No primeiro jogo na Arena da Baixada, o Furacão chegou a estar perdendo por 2 a 0, porém em um segundo tempo espetacular o Rubro-Negro virou o marcador e venceu por 3 a 2. Vitor Roque, Vitor Bueno e Fernandinho (perto do apito final), assinalaram os gols da vitória athleticana. No segundo jogo no Estádio Nilton Santos, a equipe carioca venceu o jogo normal por 1 a 0, levando a decisão para as penalidades máximas. Na disputa mais uma vez destaque para o goleiraço Bento, que pegou dois pênaltis, e carimbou a classificação do Furacão. Nas quartas de final o elenco athleticano enfrentou pela quinta vez em sequência, os cariocas do Flamengo em uma fase de mata-mata da Copa do Brasil. Diferentemente do que ocorreu em 2019 e 2021, no tira teima do confronto entre as equipes, prevaleceu a força da equipe carioca que venceu ambos os confrontos por 2 a 1. Era o capítulo final do Athletico na principal copa nacional.
Canobbio lamentando a eliminação. Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes
Libertadores da América
Em busca da Glória Eterna o Furacão foi mais uma vez cabeça de chave de seu grupo, e encarou na primeira fase além da equipe brasileira do Atlético Mineiro, os peruanos do Alianza Lima e mais uma vez os paraguaios do Libertad, que já haviam sido adversários do Rubro-Negro na disputa de 2022. Depois de se classificar em primeiro no grupo com quatro vitórias, um empate e uma derrota apenas, o Athletico encarou nas oitavas de final, os bolivianos do The Strongest e sua temida altitude. Na primeira partida o time athleticano inicialmente se portou bem, tendo em vista que saiu vencendo a partida por 1 a 0 com gol do meia Erick, porém com a pressão boliviana e o fator do desgaste físico devido as questões da altitude, acabou tomando a virada de 3 a 1. No jogo da volta era necessário um resultado de dois gols de saldo positivo, para levar a disputa para as penalidades máximas, ou então de três gols ou mais para o Athletico avançar direto as quartas de final. Durante os pouco mais de 90 minutos os comandados do técnico interino Wesley Carvalho, venceram por 2 a 0 com gols de Fernandinho e Vitor Roque e a decisão da vaga foi para a “marca da cal”. Após as nove cobranças iniciais, o zagueiro Thiago Heleno bateu a décima e última cobrança, acertou o travessão, e decretou assim a eliminação do Rubro-Negro na sua nona participação na Copa Libertadores da América.
Thiago Heleno após disputa de pênaltis. Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes
Brasileirão
Na disputa da principal competição nacional o Furacão permaneceu durante praticamente toda a competição no G6, o que lhe assegurava mais uma vez uma vaga na Copa Libertadores da América no ano do seu Centenário. Contudo algumas decisões totalmente equivocadas da comissão técnica que iniciou o ano, formada por Luiz Felipe Scolari, Paulo Turra, Carlos Pracidelli e cia, que utilizou a equipe principal durante todo o certame estadual, o que acarretou em mais de dezoito lesões durante todo o ano de 2023, somadas a manutenção do técnico interino Wesley Carvalho por mais de quatro meses a frente do comando técnico do Furacão, além da lesão do centroavante Vitor Roque ocasionaram uma queda técnica latente da equipe durante a reta final da competição. Dessa forma o Rubro-Negro terminou a competição na oitava colocação e a seis pontos do G6, ficando de fora da principal competição do continente no ano mais importante de sua história. Bento, Fernandinho, Canobbio e Vitor Bueno se destacaram ao longo da temporada do Furacão, contudo ninguém se destacou mais do que o centroavante Vitor Roque. Embora tenha ficado de fora por mais de dois meses devido a uma lesão no tornozelo, o “tigrinho” terminou o campeonato brasileiro com doze gols, e com vinte e um em todas as competições, sendo assim o grande nome athleticano no ano de 2023.
Vitor Roque o grande destaque. Foto: José Tramontin/Athletico