18 abr 2024 - 11h02

NEM 8, E NEM 80

O título do que será relatado abaixo, resume muito o sentimento desse ilustre torcedor quem vos escreve.

 

Na noite de ontem o Furacão entrou em campo pela segunda rodada da principal competição nacional, cercado de expectativas, embalado e para confirmar esse excelente momento tinha pela frente um adversário que é aquele famoso jogo “que vale seis pontos”, o “jogo grande”, o “jogo que separa os homens dos meninos” e por aí vai. Contudo o que se viu pelo lado do Rubro-Negro foi um time apático, inoperante, modorrento, totalmente envolvido pelo adversário e jogando muito abaixo do que vinha jogando sobre a batuta de Alexis Stival, vulgo Cuca. Se fizermos um recorte recente, o desempenho athleticano foi muito parecido (para não dizer idêntico) com a forma de jogar quando o Furacão era comandado por Paulo Turra, e principalmente por Wesley Carvalho.

Agora vamos para o pré jogo.

Ontem Cuca fez o que 99% dos técnicos e torcedores fariam, ou seja, venceu o último jogo por 4 a 0, repetiu 99% do time, e fez trocas pontuais tirando um Pablo poupado e colocando ao natural o uruguaio Mastriani em seu lugar, além disso reforçou o lado direito da defesa colocando Madson no lugar do argentino Leo Godoy. Essa segunda troca tinha como principal objetivo, neutralizar o lado esquerdo gremista que tem o venezuelano Soteldo como o grande destaque. Aqui cabe um posicionamento desse ilustre torcedor: quaisquer questões levantadas posteriormente a partida, por exemplo sobre quem deveria ter sido escalado como titular ou quem deveria ter entrado no decorrer da partida, ficam muito mais fáceis de serem pontuadas no pós resultado.

Com a bola rolando, o Athletico até que tentou fazer algo parecido com aquilo que fez na partida do último domingo, todavia não estava dando certo e aos poucos o time gaúcho tomou conta da partida, até abrir o marcador em uma falha geral do sistema defensivo athleticano. Falha essa originada do lado esquerdo da defesa rubro-negra, que envolveu lateral esquerda, volantes e zagueiros do Furacão.

Aquela altura Cuca estava vendo o que estava escancarado para boa parte dos torcedores, ou seja, o Athletico tinha três jogadores Canobbio, Jullimar e Cuello que embora tenham características ofensivas como seus pontos fortes, simplesmente não seguravam a bola no último terço do campo e consequentemente o time gaúcho neutraliza as jogadas ofensivas do CAP além de dominar o meio de campo. Como havia pouca distinção naquilo que os três desempenhavam, qualquer um que fosse substituído não seria um equivoco por parte do treinador. Para a entrada Cuca pensou em um jogador que tem como característica a retenção na posse de bola, além de ser forte fisicamente para os combates de meio de campo. Porém o resultado não saiu como o esperado, afinal o jogador escolhido (Alex Santana) não entrou bem e pouco desempenhou em campo, mas ele seria apenas mais um athleta a jogar muito abaixo na noite da última quarta-feira.

No segundo tempo, a inoperância athleticana foi semelhante a primeira etapa e para completar o péssimo jogo do Furacão, a equipe do Grêmio aumentou o marcador logo aos seis minutos do tempo complementar e definiu qual seria o resultado final da partida. Ao decorrer da segunda etapa o técnico rubro-negro tentou algumas trocas com as entradas de Leo Godoy, Zé Vitor e Zapelli mas esses, assim como os demais, pouco fizeram e o no final das contas o resultado final foi justíssimo.

No decorrer da partida, e na entrevista pós jogo o treinador Cuca deu mostras que contra equipes mais técnicas e da primeira prateleira, a equipe será montada com jogadores que tenham características de mais refino técnico com a bola, do que velocidade para chegar no sistema defensivo adversário.

O trabalho desenvolvido até aqui é muito bom, os números são ótimos e não é uma derrota que colocará tudo em cheque, contudo o Furacão precisará jogar mais do que jogou ontem para conseguir chegar no topo ao final dessa “corrida maluca” caso contrário teremos que nos contentar com o G6.



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