30 ago 2024 - 11h06

DEZ E CONTANDO!

Na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil 2024, o Athletico chegou a “incrível” marca de 10 PARTIDAS, tomando gols após os 40 minutos do segundo tempo.

O ano de 2024, que tinha tudo para ser um ano muito promissor, cercado de expectativas e perspectivas, de ser algo memorável, vem se transformando em um verdadeiro inferno para o torcedor athleticano. A falta de sangue no olho, falta de concentração e do famoso “tienes cojones” só fica escancarada a cada jogo que o elenco Rubro-Negro entra em campo. São raríssimos os jogos em que o Furacão entrou em campo, e realmente se viu uma concentração durante os 90 minutos, sejam nas rodadas do Brasileirão, sejam nos mata-matas das Copas do Brasil e Sulamericana. E essa falta de almejar algo realmente grande, de não “entregar de mão beijada” o resultado aos adversários, fica mais visível na reta final das partidas.

Se analisarmos todas as competições, após o jogo de ontem, o atual elenco do Athletico chegou a 10 PARTIDAS tomando gols após os 40 do segundo tempo + acréscimos, totalizando 12 gols dos adversários na rede athleticana. Ypiranga De Erechim (2 gols), Red Bull (2 gols), Cuiabá (1 gol), Cruzeiro (1 gol), Corinthians (1 gol), Inter (1 gol), Botafogo (1 gol), Flamengo (1 gol), Vasco (2 gols em 2 jogos), são as equipes que já “cometeram o crime” contra o CAP.
E aqui vale um parênteses, não adianta trocar treinador, trocar comissão técnica se os jogadores, dentro do campo, não têm autonomia, personalidade para tomarem decisões em momentos cruciais da partida. Isso não compete a quem escala, até porque, com um elenco que conta com TRÊS ZAGUEIROS profissionais (ou nem tão profissionais assim), nem Pep Guardiola daria jeito. Das dez partidas citadas, em sete o roteiro foi o mesmo, ou seja, escanteio e/ou falta lateral + zaga olhando a movimentação + jogador livre para finalizar = gol do adversário.

O jogador Kaique Rocha.
Foto: Wagner Meier/Getty Images

Beira o INACREDITÁVEL, um zagueiro que está dentro do campo, não marcar o maior jogador adversário. Mesmo que a recomendação seja marcar por zona, os maiores defensores têm por OBRIGAÇÃO marcar os maiores atletas adversários. Contudo, ao que parece, a defesa athleticana não conhece a premissa básica de uma marcação em bola parada.

Até o torcedor mais tolerante, não tem mais paciência para esse tipo de situação, até porque se fosse uma, duas ou até três vezes era aceitável e compreensível, mas como citado acima, já são 12 gols tomados em 10 jogos. Isso é INACEITÁVEL, INADMISSÍVEL, INCOMPREENSÍVEL, INCONCEBÍVEL, INIMAGINÁVEL ou qualquer outro adjetivo que os torcedores queiram utilizar.

O zagueiro Thiago Heleno.
Foto: José Tramontin/Athletico

Dito isso, chegamos à grande interrogação desse assunto em específico.
O que será feito para que possamos terminar a temporada de forma digna, e que os danos sejam minimizados? De verdade, eu não tenho essa resposta, e acredito que os demais torcedores também não tenham. Até porque o que todos os torcedores esperavam, tendo em vista essa situação deprimente, era que novas contratações fossem feitas para o setor mais carente do atual elenco do Furacão, e até agora isso não ocorreu.
Estamos há três dias do fechamento da janela de contratações, e quem pode melhorar a questão defensiva com novos jogadores para o setor não parece que está muito preocupado, muito pelo contrário, deve estar achando que através do alinhamento dos astros tudo dará certo ao final do ano mais importante da história do Club Athletico Paranaense.

Mário Celso Petraglia e Márcio Lara.
Foto: Aniele Nascimento


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